Vacina promissora contra melanoma recebe aval nos EUA

Agência de regulação de medicamentos americana (FDA) reconhece medicamento como terapia inovadora para casos avançados da doença

(Foto: Freepik)


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Por Gabriela Cupani, da Agência Einstein - Uma nova vacina experimental contra o melanoma, o tipo mais grave de câncer de pele, recebeu o status de terapia inovadora pelo FDA, agência de regulamentação de medicamentos e alimentos nos Estados Unidos. Esse reconhecimento permite acelerar o processo de desenvolvimento e aprovação para uso em casos avançados da doença. o novo imunizante não é usado para prevenção, mas para dar mais qualidade de vida ao paciente. 

Esse tipo de aval do FDA é dado para as terapias em teste que mostraram resultados superiores aos tratamentos padrão em pacientes de alto risco. A vacina vem sendo desenvolvida pelo laboratório Moderna e usa a tecnologia de RNA mensageiro. Associada ao medicamento pembrolizumabe mostrou resultados promissores em relação à recidiva e mortalidade.

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Ao contrário do que o nome possa sugerir, a droga não serve para prevenir o câncer. Ela estimula o sistema imune a gerar uma resposta contra a doença. Já o pembrolizumabe é um anticorpo monoclonal usado contra vários tipos de câncer que aumenta a capacidade do sistema imune para detectar e combater as células doentes. 

Em todo o mundo, a vacina para melanoma está em teste. As pesquisas têm mostrado resultados promissores nos casos avançados com metástases. “Os índices de sobrevida foram melhores quando se associou a vacina com medicamento adjuvante, o pembrolizumabe”, explica a dermatologista Aparecida Machado de Moraes, coordenadora do Departamento de Oncologia Cutânea da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

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“As vacinas seriam um avanço como recurso no tratamento das formas avançadas da doença. Os tratamentos do melanoma ainda são limitados, a sobrevida curta e a letalidade, infelizmente, é alta. As novas alternativas de tratamento são bem-vindas”, afirma a especialista.

Tumor agressivo

O melanoma é um tumor muito agressivo que pode evoluir para estágios graves mesmo nos casos iniciais. “No Brasil os casos de melanoma estão em ascensão. Felizmente, os médicos têm feito mais diagnósticos e isso contribui para a atenção precoce e sobrevida”, explica a médica. Segundo os últimos dados divulgados pelo INCA (Instituto Nacional de Câncer), eram estimados 8.980 novos casos no ano de 2022. 

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O melanoma, que é o tipo mais grave de câncer de pele, representa 3% dos tumores de pele. A doença pode ser prevenida com proteção solar, autoexame, atenção ao histórico familiar, especialmente em tipos de pele clara. O exame dermatológico rotineiro e com dermatoscopia – instrumento que ajuda a visualizar as lesões no consultório - acrescenta dados valiosos. 

“Há um conjunto de fatores que geram um tumor, por exemplo, genética predisponente, pele clara, exposição ao sol e a outros agentes carcinogênicos como químicos ambientais. A radiação solar é sabidamente um fator, mas não é único. Observe que há melanoma na boca e na mucosa genital, áreas que não tomam sol", finaliza a médica.

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