Transição do "Mais Médicos" para "Médicos pelo Brasil" aumenta déficit de profissionais da saúde
Em tentativa de extinguir plano criado durante gestão de Dilma Rousseff, governo Bolsonaro agrava crise na saúde
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247 - Coordenadores estaduais do "Mais Médicos" enviaram um ofício ao Ministério da Saúde no início deste mês pedindo que a transição para o programa de Jair Bolsonaro (PL), o "Médicos pelo Brasil", seja repensada, devido a uma “desassistência em diferentes municípios”. A informação é da coluna do Lauro Jardim, no jornal O Globo.
Os coordenadores alegaram que o déficit de profissionais da saúde no "Mais Médicos" era de 32,6% até maio. No Distrito Federal, caso mais grave, há 61,7% de vagas não preenchidas. No Rio Grande do Norte, a taxa é de 42%, enquanto em São Paulo, Santa Catarina, Sergipe e Espírito Santo este índice varia entre 37 e 38%.
Isso vem ocorrendo porque o ritmo de contratações de novos profissionais para o "Médicos pelo Brasil" não acompanha o volume de encerramentos de contratos sem renovação do "Mais Médicos".
A gestão Bolsonaro quis extinguir o plano criado por Dilma Rousseff (PT) em 2013, mas não dá conta de normalizar a situação e implementar alguma alternativa à altura até o momento. O "Médicos pelo Brasil" foi anunciado em 2019, mas suas contratações apenas passaram a ser concretizadas há dois meses, em ano eleitoral.
A crise na saúde ocorre em meio à pandemia de Covid-19, enquanto o número de mortes em decorrência da doença volta a crescer no país.
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