Sete hábitos saudáveis reduzem o risco de demência em diabéticos

Chance de perda cognitiva é maior nesses pacientes; mudança de estilo de vida ajuda na prevenção de todas as complicações da doença

(Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)


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Por Gabriela Cupani, da Agência Einstein - Adotar sete hábitos saudáveis – incluindo os mais óbvios como dieta e atividade física, e outros nem tanto, como sono e vida social – ajuda a reduzir o risco de desenvolver demência em portadores de diabetes tipo 2, mostra um estudo recém-publicado na revista "Neurology", da Academia Americana de Neurologia.

A pesquisa avaliou uma base de dados britânica e acompanhou quase 170 mil sexagenários com e sem diabetes ao longo de 12 anos. A ideia era investigar se uma combinação de práticas poderia reduzir o risco de desenvolver demência mais tarde. 

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Para isso, além de avaliar questionários e exames, os pesquisadores também estabeleceram pontuações de acordo com sete fatores: tabagismo, consumo moderado de álcool (para mulheres, um drinque ao dia; para homens, até dois), atividade física regular (2,5 horas de moderada, por semana, ou 75 minutos de vigorosa) e entre sete e nove horas de sono por noite. 

Também foram investigados a alimentação (consumo de frutas, vegetais, peixe e pouca quantidade de processados), o nível de sedentarismo (como assistir TV por mais de 4 horas por dia) e contato social frequente (encontrar família e amigos e/ou participar de eventos sociais pelo menos uma vez por semana). 

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Resultados

De modo geral, diabéticos tiveram um risco maior de desenvolver demência do que os não diabéticos. Mesmo seguindo todos os hábitos saudáveis, eles tiveram 74% mais chance de declínio mental. 

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Entre os diabéticos que adotavam até duas práticas, o risco foi quatro vezes maior do que entre os não diabéticos que seguiam a cartilha saudável à risca. Por outro lado, os portadores da doença com uma vida saudável em todos os aspectos tiveram um risco 54% menor de desenvolver demência.

"Embora a demência não esteja entre as complicações clássicas do diabetes, sabe-se que esses pacientes têm mais chance de desenvolver a doença", diz a endocrinologista Adriana Fernandes, do Hospital Israelita Albert Einstein. 

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"Adotar hábitos saudáveis para evitar a perda cognitiva é importante para qualquer pessoa", continua. "Mas parece que no diabético o impacto é ainda maior". 

O diabetes tipo 2 é uma verdadeira epidemia e afeta cerca de 10% dos adultos no mundo. Esses pacientes já são orientados sobre a necessidade da dieta e da atividade física, entre outros, para manter a doença sob controle e evitar as complicações bem conhecidas, como problemas cardiovasculares e danos aos rins e retina. "Agora a pesquisa também ressaltou a importância do sono, que costuma ser negligenciado", alerta a médica.

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