Metade das metástases cerebrais tem origem no pulmão, como ocorreu com Glória Maria

Segundo os Institutos Nacionais da Saúde, os tumores de mama, de cólon e melanoma também costumam gerar metástase no cérebro

Glória Maria
Glória Maria (Foto: Divulgação/TV Globo)


✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Por Gabriela Cupani, da Agência Einstein - Cerca de metade dos tumores cerebrais metastáticos ocorre a partir de um câncer de pulmão, o tipo com maior chance de se espalhar para a cabeça, condição que acometeu a jornalista Glória Maria. Isso geralmente ocorre nos dois primeiros anos após o diagnóstico, de acordo com dados dos Institutos Nacionais da Saúde (National Institutes of Health, NIH, em inglês), dos Estados Unidos. 

Glória Maria morreu nesta quinta-feira (2), aos 73 anos. Em nota, a TV Globo informou que a jornalista “foi diagnosticada com um câncer de pulmão, tratado com sucesso com imunoterapia” e, também, com “metástase no cérebro, tratada cirurgicamente, também com êxito incialmente”. No entanto, a emissora explicou que em meados de 2022, ela “iniciou uma nova fase do tratamento para combater novas metástases cerebrais” e que “infelizmente, deixou de fazer efeito nos últimos dias”. 

continua após o anúncio

Segundo os Institutos Nacionais da Saúde, os tumores de mama, de cólon e melanoma também costumam gerar metástase no cérebro --isso acontece quando células cancerosas se espalham a partir do local original pela corrente sanguínea, atingindo outros órgãos. No cérebro, elas podem formar um ou vários tumores. As chances são maiores dependendo do tipo de cancro, se o paciente já tem metástases em outros locais e/ou se há mutações. 

“É um desfecho comum para estes pacientes. Com as novas terapias, há um controle maior da doença fora do crânio e, com o aumento da sobrevida, aumentam as chances de metástases, pois a barreira hematoencefálica cria maior dificuldade de penetração de algumas drogas no cérebro”, explica a oncologista Ludmila Koch, do Hospital Israelita Albert Einstein. 

continua após o anúncio

À medida que o tumor cresce, ele pode pressionar outras regiões e causar sintomas como dor de cabeça, problemas de memória ou convulsões. Há sintomas específicos associados à área em que está centralizada a doença, entre eles, desenvolvimento de dificuldade de fala ou de visão embaçada. Em alguns pacientes, no entanto, pode ser um caso assintomático. 

O diagnóstico é feito por exame de imagem, sendo a ressonância magnética o mais preciso. O tratamento depende do número de lesões, da localização, de como a doença está controlada fora do crânio e do estado geral do paciente. Inclui, além do tratamento sistêmico, cirurgia, radioterapia de crânio total ou radiocirurgia, em que a radiação é aplicada em poucas doses e de forma bem direcionada. “O objetivo é o controle da doença, a melhora da qualidade de vida e o aumento da sobrevida”, explica a médica. 

continua após o anúncio

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: 

continua após o anúncio

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Comentários

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247

continua após o anúncio

Ao vivo na TV 247

Cortes 247