Reindustrialização

Produção da indústria do Brasil volta a subir em maio, mas setor segue abaixo do nível pré-pandemia

Dados são do IBGE e foram divulgados nesta terça-feira

Indústria
Indústria (Foto: Reuters/Jorge Adorno)


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SÃO PAULO (Reuters) - A produção industrial do Brasil voltou a subir em maio mas recuperou apenas parte das perdas do mês anterior e ainda segue abaixo do patamar pré-pandemia, mostrando dificuldades de recuperação em meio aos impactos do encarecimento do crédito.

Em maio as indústrias do Brasil registraram aumento de 0,3% na produção em relação a abril, quando houve queda de 0,6%. Esse é o segundo resultado positivo para o setor neste ano, e ficou em linha com a expectativa em pesquisa da Reuters.

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Em relação ao mesmo mês do ano anterior, a produção apresentou alta de 1,9%, de acordo com os dados divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), abaixo da expectativa de avanço de 1,1%.

Mesmo com resultado positivo em maio, a indústria está 1,5% abaixo do patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020, e 18,1% aquém do nível recorde, de maio de 2011.

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Analistas avaliam que a indústria brasileira deve mostrar dificuldades ao longo de 2023, andando de lado ou com desempenho fraco, uma vez que os juros altos e o endividamento das famílias afetam o consumo de bens de maior valor e o investimento em equipamentos, além da economia global fraca.

No mês de maio houve disseminação de taxas positivas por três das quatro grandes categorias econômicas e 19 dos 25 ramos investigados.

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"É o maior espalhamento desde setembro de 2020, quando havia 23 atividades mostrando crescimento", destacou o gerente da pesquisa, André Macedo.

As maiores influências positivas para o resultado de maio vieram dos setores de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (7,7%), veículos automotores, reboques e carrocerias (7,4%) e máquinas e equipamentos (12,3%).

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O segmento de veículos automotores, reboques e carrocerias voltou a crescer após dois meses consecutivos de queda, quando acumulou redução de 2,6%, segundo o IBGE.

“Março e abril foram marcados pelas paralisações e as concessões de férias coletivas no setor. O crescimento em maio é explicado pela volta à produção”, explicou Macedo.

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Entre os resultados negativos estão produtos alimentícios (-2,6%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-9,7%).

Entre as categorias econômicas, o destaque foi a alta de 9,8% dos Bens de Consumo Duráveis. Bens de Capital mostraram avanço de 4,2% e Bens Intermediários tiveram ganho de 0,1%. O único resultado negativo foi de Bens de Consumo Semi e não duráveis, com uma queda de 1,1% da produção.

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