Reindustrialização

Indústria do Brasil tem contração em maio pelo 7º mês, aponta PMI

S&P Global Market Intelligence destacou fatores como demanda fraca, pressões competitivas, custos de empréstimo elevados e incertezas na política econômica

Indústria
Indústria (Foto: Reuters/Jorge Adorno)


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SÃO PAULO (Reuters) - A indústria brasileira contraiu em maio pelo sétimo mês seguido e mostrou algumas tendências preocupantes, ainda que o ritmo de retração tenha perdido força e as pressões de preços tenham se dissipado, de acordo com pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) divulgada nesta quinta-feira.

A S&P Global informou que o PMI da indústria do Brasil subiu a 47,1 em maio, de 44,3 em abril, mas permanece abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração, e destacou preocupações com a queda de novas encomendas, produção, emprego e níveis de compras.

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"Muitos obstáculos ficaram aparentes, da demanda fraca e pressões competitivas a custos de empréstimo elevados e incertezas na política (econômica)", destacou a diretora associada de economia da S&P Global Market Intelligence, Pollyanna De Lima.

Em meio à demanda fraca, as encomendas à indústria do Brasil recuaram pelo oitavo mês seguido, e os produtores de bens também sugeriram que uma queda da competitividade e a demanda global fraca restringiram as novas encomendas de exportação. O ritmo de contração, no entanto, foi o mais lento em 14 meses.

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Assim, os dados de maio mostraram a sétima contração seguida nos volumes de produção da indústria em todo o Brasil, ainda que a um ritmo mais fraco do que em abril.

As condições difíceis da demanda, iniciativa de redução de gastos e a decisão de não substituir empregados que deixaram seus cargos provocaram nova queda no número de funcionários na indústria em maio.

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"As perdas de emprego continuaram, destacando a necessidade urgente de esforços conjuntos para reverter essa trajetória e a necessidade de criar um ambiente que promova crescimento do emprego, encoraje investimentos e sustente a resiliência da força de trabalho da indústria", disse De Lima.

Em meio a esses desafios, a S&P Global destacou dois pontos positivos. Condições adversas de demanda e níveis altos de estoques resultaram na redução dos tempos de entrega dos fornecedores de uma forma nunca vista em 17 anos de dados.

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Além disso, as pressões de preços se dissiparam, com queda nos custos de insumos pela terceira vez em quase nove anos. Um câmbio mais favorável e condições melhores nas redes logísticas após a pandemia foram citados como motivos.

As empresas repassaram isso para os clientes, reduzindo os preços cobrados em maio, ainda que a uma taxa considerada modesta.

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Mas as empresas mostraram-se confiantes de que os níveis de produção serão maiores em 12 meses, com previsões de recuperação das vendas, novas fábricas, diversificação de produtos, aquisições de maquinário e expectativas de juros mais baixos. O nível de sentimento positivo chegou a um pico de oito meses em maio.

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