Reindustrialização

BNDES quer dobrar crédito à inovação para aumentar ligação entre indústria escolas, universidades e startups

Objetivo é dobrar o apoio do BNDES à inovação, elevando a participação do segmento na carteira de crédito de 1% para 2%

(Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil | Reprodução | REUTERS/Sergio Moraes)


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247 - O plano de reindustrialização do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) prevê uma guinada no modo de atuação da instituição, marcada pela oferta de crédito com juros mais baixos que os oferecidos pelo mercado financeiro. A ideia, segundo o diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luís Gordon, é dobrar o apoio à inovação, o que inclui uma espécie de ligação direta entre escolas e universidades ao setor industrial. 

De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, “o objetivo é dobrar o apoio do BNDES à inovação, do atual 1% da carteira de crédito – cerca de R$ 4,6 bilhões –, para 2%. De acordo com o diretor do BNDES, a carteira de crédito do banco já chegou a ter 5,5% destinados para inovação empresarial".

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O apoio à inovação será fomentado por meio de parcerias e fontes de recursos não reembolsáveis ou com juros diferenciados. Uma das primeiras ações da nova estratégia da instituição será “colocar em prática uma linha de financiamento, com recursos não reembolsáveis, para a instalação de equipamentos para conectar escolas públicas à internet. A política está sendo desenhada pela Casa Civil. Os recursos virão do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust), formado com contribuições obrigatórias das empresas do setor”.

Ainda segundo a reportagem, a estimativa é que os recursos oferecidos por esta linha cheguem a R$ 1 bilhão em quatro anos, incluindo R$ 150 milhões previstos já para este exercício. Também estão em elaboração duas novas linhas de financiamento. Um delas será focada “em parques tecnológicos, sediados em universidades ou institutos de pesquisa e ensino, com empresas âncora e firmas inovadoras nascentes, as chamadas startups. A outra será focada no apoio direto a essas startups, com uma visão de todo o ciclo de crescimento das empresas, oferecendo os instrumentos financeiros mais adequados para cada fase, como investimento em participação acionária, via fundos ou diretamente, emissão de títulos de dívida e empréstimos tradicionais”.

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Ainda conforme Gordon, um dos objetivos das novas linhas é atrair, instituições especializadas no apoio à inovação, como o Senai, o Sebrae, a Embrapii e a Finep, a agência de fomento à inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

“A indústria é muito mais do que simplesmente só a indústria. A economia está migrando para serviços, mas quais os serviços queremos na economia? Os serviços da economia alemã são de alta complexidade tecnológica. Quem puxa esse serviço de alta complexidade tecnológica é a indústria. Se temos uma indústria fraca, incapaz de demandar, não conseguimos ter o serviço de alta competitividade, que gera os bons empregos, melhor remunerados”, disse Gordon. 

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