BNDES quer apoiar pequena e média indústria, diz Mercadante
Em evento, acordo de cooperação técnica para aprimorar políticas e promover ações conjuntas foi assinado por Fiesp, Ciesp e BNDES
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Agência Fiesp - A Federação e o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) realizaram, nesta segunda-feira (12/6), seminário para discutir as diretrizes e estratégias de fomento de crédito para o desenvolvimento produtivo, a inovação e o acesso das pequenas e médias indústrias. Também firmaram convênio para estreitar a cooperação entre as entidades.
Ao abrir o evento, o presidente do Conselho Superior da Micro, Pequena, Média Indústria (Compi) da Fiesp, Sylvio Gomide, destacou alguns tópicos importantes do convênio, como a divulgação de maneira permanente de todas as políticas e formas de atuação às linhas de financiamento, intercâmbio de informações para aprimorar processos do BNDES, realização de pesquisas e estudos periódicos entre as entidades, além do desenvolvimento de eventos e rodadas de crédito exclusivas de produtos do banco.
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, começou sua exposição abordando a importância dos bancos públicos e como eles transformam o desenvolvimento econômico dos países. “Temos em torno de 520 bancos públicos no mundo, que são responsáveis por 15% do investimento na economia mundial. Os países que têm bancos e entidades de fomento são os que mais cresceram nos últimos tempos”, afirmou Mercadante. “A União Europeia acabou de criar um banco público voltado apenas para o hidrogênio verde”, completou.
Segundo ele, os Estados Unidos já oferecem US$ 7 mil para a compra dos carros elétricos produzidos no país e criticou a conduta do Brasil no que tange ao assunto: “O que não faz sentido é o Brasil desonerar importação e taxar produção doméstica. Temos que buscar outro modelo. Quem gera emprego, paga salários e paga impostos não tem nenhum tipo de benefício. E o carro que vem pronto de fora é desonerado.”
Mercadante fez uma análise positiva da situação da economia. “Nós estamos começando a viver um ambiente econômico em que já está dando para respirar. O Brasil foi o quarto país que mais cresceu no mundo, está se recuperando, a inflação caiu fortemente, e está entre as menores inflações em termos de economia mundial”, afirmou.
Ao destacar que o BNDES quer apoiar a pequena e média indústria também, irrigando o mercado com crédito, Mercadante disse que o banco trabalha para lançar um novo cartão BNDES nos próximos três ou quatro meses e reforçou o plano de dobrar os desembolsos da instituição para 2% do Produto Interno Bruto (PIB), retomando o patamar histórico. Ele disse ainda que agentes do banco irão percorrer o interior do estado para realizar encontros com empresários locais e explicar como realizar negócios com o BNDES.
Apoio à indústria - Para o presidente do Conselho Superior da Inovação e Competitividade da Fiesp (Conic), o apoio que o banco pretende dar à indústria é uma ótima notícia. “Vemos com enorme satisfação a retomada do BNDES e o volume de recursos que ele está colocando à disposição das empresas”, enfatizou Pedro Wongtschowski. Ele destacou ainda que o Conic produziu positions papers com recomendações de políticas industriais que foram entregues ao BNDES e representam a posição da Fiesp para fortalecer o setor industrial brasileiro.
Em sua fala, Dan Ioschpe, presidente da Fiesp em exercício, enfatizou que sem o progresso da indústria não será possível ter o avanço socioeconômico esperado para o país. “É fato que a indústria é o setor que consegue trazer o maior crescimento agregado de toda a economia e também é o setor que mais qualifica, mais bem paga, mais educa e que mais recolhe impostos por ter uma cadeia longa. E, quando pensamos na volta da aceleração da indústria, o BNDES tem um papel chave em qualquer desenho que pudéssemos fazer”, completou Ioschpe.
Para Rafael Cervone Neto, presidente do Ciesp, será possível, a partir de agora, criar uma agenda positiva, uma onda que faça com que o Brasil saia dessa situação e traga mais renda, empregos, conhecimento, educação. “É um crescimento não só para a indústria, mas para o país como um todo”, ressaltou.
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