Youssef já começou a delatar tubarões da política

O doleiro Alberto Youssef começou nesta quarta-feira, 24, a delatar os primeiros personagens da política nacional envolvidos com a lavagem de dinheiro divulgada pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal; acordo de delação premiada firmado entre o doleiro e o Ministério Público Federal foi assinado nesta quarta, em Curitiba; procuradores adiantaram que o conteúdo do depoimento será mantido sob sigilo; Yousseff também não será libertado imediatamente; outros depoimentos ainda devem acontecer; tensão no meio político

O doleiro Alberto Youssef começou nesta quarta-feira, 24, a delatar os primeiros personagens da política nacional envolvidos com a lavagem de dinheiro divulgada pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal; acordo de delação premiada firmado entre o doleiro e o Ministério Público Federal foi assinado nesta quarta, em Curitiba; procuradores adiantaram que o conteúdo do depoimento será mantido sob sigilo; Yousseff também não será libertado imediatamente; outros depoimentos ainda devem acontecer; tensão no meio político
O doleiro Alberto Youssef começou nesta quarta-feira, 24, a delatar os primeiros personagens da política nacional envolvidos com a lavagem de dinheiro divulgada pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal; acordo de delação premiada firmado entre o doleiro e o Ministério Público Federal foi assinado nesta quarta, em Curitiba; procuradores adiantaram que o conteúdo do depoimento será mantido sob sigilo; Yousseff também não será libertado imediatamente; outros depoimentos ainda devem acontecer; tensão no meio político (Foto: Aquiles Lins)


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Paraná 247 - O doleiro Alberto Youssef assinou nesta quarta-feira, 24, em Curitiba um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal em troca de redução da pena de prisão. Youssef passou o dia na sede do Ministério Público Federal em Curitiba, onde firmou o acordo e já prestou o primeiro depoimento.

O teor do depoimento está sendo mantido em sigilo para preservar o doleiro de pressões dos suspeitos e evitar a destruição de provas. Youssef não será colocado em liberdade imediatamente, como acontece em outros casos de delação. Terá de cumprir uma pena mínima de três anos em regime fechado. 

O acordo de delação premiada será homologado pela Justiça se, depois da fase dos depoimentos, ficar comprovada a veracidade das informações que Youssef fornecer. O doleiro é acusado de ter enviado US$ 444,7 milhões para fora do País de forma fraudulenta entre julho de 2011 e março de 2013. Esse crime teria sido cometido 3.649 vezes, segundo a polícia.

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O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, outro dos defensores de Youssef, disse na terça-feira que decidiu deixar o caso depois de ter sido informado por intermediários do doleiro de que o cliente estava decidido a fazer acordo de delação premiada. O advogado não concorda com a estratégia.

"É uma pena, temos uma tese jurídica que era importante no STJ", disse o criminalista, segundo reportagem da Folha de S. Paulo. Ele agora deixará o caso. Mesmo com a delação premiada, o doleiro deverá cumprir ao menos quatro anos de prisão em regime fechado e mais quatro em regime aberto.

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Paulo Roberto Costa

Outro dos presos na operação Lava Jato Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras, também fez um acordo de delação premiada. No fim de agosto, ele começou a prestar depoimentos diários (que se encerrraram há uma semana), com base em um acordo de delação premiada, a policiais federais e procuradores da República.

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Nesses depoimentos, já teria delatado senadores, deputados, governadores e um ministro, supostos beneficiários de recebimento de propina de um esquema de corrupção na empresa. Costa teria intermediado contratos da estatal com empresas de fachada de Youssef.

Ele também revelou nos depoimentos, segundo informou o Jornal Nacional, que recebeu R$ 1,5 milhão de propina de um esquema de corrupção relacionado à compra pela Petrobras da refinaria de Pasadena, nos EUA.

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