(Vídeo) Condenado pelo STJ, Dallagnol defende vitimismo de Moro e ataca Lula: 'quebrou o decoro'
Sem provas, o deputado e ex-procurador da Lava Jato acusou o presidente da República de ter relação com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC)
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247 - Condenado em março de 2022 pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) a indenizar o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva em R$ 75 mil por causa da apresentação do PowerPoint em 2016, o deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) resolveu afirmar, sem provas, que o petista "se colocou do lado do PCC", a facção criminosa Primeiro Comando da Capital, com "sede" no estado de São Paulo e membros em outras unidades federativas. O ex-procurador da Operação Lava Jato criticou a declaração feita pelo chefe do Executivo federal, de que o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) teria armado um plano para tentar associar o ocupante do Planalto ao PCC.
"Lula está quebrando o decoro, a dignidade da função. Isso configura crime de responsabilidade", afirmou Dallagnol, acrescentando que o chefe do Executivo federal "criminaliza a polícia e defende bandido".
Ao falar sobre uma suposta armação de Moro, Lula comentou a Operação Sequaz, da Polícia Federal, que prendeu nesta quarta-feira (22) suspeitos de planejar o assassinato de autoridades públicas - uma delas seria o parlamentar do União Brasil e ex-juiz da Lava Jato.
O senador sinalizou que o presidente da República será culpado se alguma ruim acontecer com Moro no contexto das ameaças feitas por criminosos.
Condenações
A partir de 2019 começaram a ser divulgadas conversas entre membros do Judiciário paranaense no contexto da Lava Jato. A publicação dos diálogos ficou conhecida como Vaza Jato. Segundo as trocas de mensagens, Moro agia como uma espécie de assistente de acusação, ao interferir na elaboração das denúncias feitas por promotores do Ministério Público Federal (MPF-PR).
Em 2021, o Supremo confirmou a decisão anteriormente proferida pela Segunda Turma da Corte no sentido de declarar a suspeição dele nos processos contra o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nesta terça, o petista comentou a sua prisão política em entrevista ao 247.
A Vaza Jato demonstrou também que membros do Federal Bureau of Investigation (FBI) ou Departamento Federal de Investigação, dos Estados Unidos, estiveram no Brasil para ajudar nas investigações com foco em denúncias contra políticos do PT ou aliados. O objetivo dos EUA seria estimular o povo brasileiro a votar em uma candidatura presidencial favorável à abertura do pré-sal para empresas estrangeiras.
Moro aceitou ser ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL) após tirar Lula da eleição de 2018 ao determinar a prisão do petista. O atual senador deixou o governo alegando tentativa de interferência na Polícia Federal, subordinada à pasta.
Em 2022, quando tentava candidatura ao Senado, Moro foi derrotado no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP) por fraude em domicílio eleitoral e, como consequência, decidiu ser candidato pelo Paraná.
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