Verri: "Beto Richa é uma fraude eleitoral"

Ao ser questionado sobre o que faltou à oposição ao governo Beto Richa (PSDB), o deputado estadual e presidente do PT-PR, Enio Verri, disse que o PT perdeu "a guerra da comunicação"; "O que faltou, em especial à nossa candidata Gleisi Hoffmann, e também ao senador Roberto Requião, foi construir com pelo menos um ano de antecedência uma resposta a versão do governo; "osso desafio, para os próximos anos, é mostrar ao Paraná que Beto Richa é uma fraude eleitoral", disparou; "O PT fará uma boa análise, um planejamento estratégico no começo do ano e vamos para a rua. Nosso projeto agora é 2018, olhando, claro, para 2016"

Ao ser questionado sobre o que faltou à oposição ao governo Beto Richa (PSDB), o deputado estadual e presidente do PT-PR, Enio Verri, disse que o PT perdeu "a guerra da comunicação"; "O que faltou, em especial à nossa candidata Gleisi Hoffmann, e também ao senador Roberto Requião, foi construir com pelo menos um ano de antecedência uma resposta a versão do governo; "osso desafio, para os próximos anos, é mostrar ao Paraná que Beto Richa é uma fraude eleitoral", disparou; "O PT fará uma boa análise, um planejamento estratégico no começo do ano e vamos para a rua. Nosso projeto agora é 2018, olhando, claro, para 2016"
Ao ser questionado sobre o que faltou à oposição ao governo Beto Richa (PSDB), o deputado estadual e presidente do PT-PR, Enio Verri, disse que o PT perdeu "a guerra da comunicação"; "O que faltou, em especial à nossa candidata Gleisi Hoffmann, e também ao senador Roberto Requião, foi construir com pelo menos um ano de antecedência uma resposta a versão do governo; "osso desafio, para os próximos anos, é mostrar ao Paraná que Beto Richa é uma fraude eleitoral", disparou; "O PT fará uma boa análise, um planejamento estratégico no começo do ano e vamos para a rua. Nosso projeto agora é 2018, olhando, claro, para 2016" (Foto: Leonardo Lucena)


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Notícias Paraná - Para o deputado estadual e presidente do PT-PR, Enio Verri, as medidas que estão sendo anunciadas pelo governo do Estado para cortar gastos e aumentar a arrecadação, revelam que o governador Beto Richa (PSDB) mentiu durante a campanha eleitoral deste ano.

"Beto foi reeleito com a premissa de que as finanças estavam equilibradas. Na prática, porém, o governador está mostrando que a situação do Paraná é falimentar, desesperadora", afirma.

Em entrevista ao Notícias Paraná, Verri critica o "tarifaço" proposto por Richa, analisa o cenário eleitoral e discorre sobre os próximos passos do PT do Paraná. Confira abaixo:

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Qual sua avaliação sobre as eleições de 2014?

Foi muito dura, resultado de toda uma construção ideológica contra o PT no Brasil. Embora o PT tenha como aliado grande parte dos partidos políticos, alguns grandes partidos não se chamam "partidos", e sempre estiveram contra a gente. Os grandes meios de comunicação nunca concordaram com nossas políticas sociais, de desenvolvimento econômico e de distribuição de renda. Os instrumentos da elite brasileira sempre jogaram muito pesado contra o PT, contra a presidente Dilma. Isso somado ao radicalismo da elite da direita nesse país, em especial da extrema direita – que inclusive defende a volta da ditadura militar – foi muito intenso.

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Por outro lado, apesar de toda essa máquina, esse gigantesco instrumento que foi utilizado contra o povo brasileiro, contra as conquistas sociais, a população sentiu que a vida melhorou, reelegendo a Dilma.

Já no cenário estadual, o governo Beto Richa foi de uma incompetência gigantesca. É só olhar todos esses aumentos de impostos, reduções e cortes. O governo Beto Richa quebrou o estado do Paraná. Só que o que ele fez? O que ele não gastou em saúde, educação, políticas sociais e infraestrutura, gastou em rádios e jornais locais em todo o interior do estado. Vendeu uma imagem que não é real, se descolou. O governo Beto Richa se descolou de seu próprio governo dele.

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O que faltou para os candidatos de oposição ao governo?

Perdemos a guerra da comunicação. O que faltou, em especial à nossa candidata Gleisi Hoffmann, e também ao senador Roberto Requião, foi construir com pelo menos um ano de antecedência uma resposta a versão do governo.

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De qualquer forma, diria que essa eleição foi atípica. O melhor exemplo é lembrar que há exatamente dois anos, quando tivemos as eleições municipais, o PT foi o partido mais votado no Paraná – e isso sem contar Curitiba, onde o PT foi vice. Bom, dois anos depois, fizemos 14% dos votos para o governo. Ou seja, foram dois anos de mentiras, de histórias, contra nossos candidatos e contra a própria senadora Gleisi. Nosso desafio, para os próximos anos, é mostrar ao Paraná que Beto Richa é uma fraude eleitoral.

O estado do Paraná teve dentro do governo da presidente Dilma três ministros. Como está caminhando essa articulação? O Paraná terá ministros no segundo governo da Dilma?

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É muito cedo para afirmar isso. A presidenta Dilma tinha um compromisso e uma pressão social pela indicação dos ministros da pasta econômica (economia, planejamento, indústria e comércio exterior). Isso já foi feito e acalmou os ânimos do mercado.  Agora ainda há muita coisa para se construir, mas acredito que o Paraná continuará sendo representado no governo Dilma por dois ou três ministérios. É uma impressão minha. Impressão, porque o diálogo mesmo se aprofunda a partir de 15 de janeiro.

Estamos vendo um movimento do deputado Eduardo Cunha (PMDB) para ser presidente da Câmara. O PT e a bancada paranaense já têm uma posição sobre isso?

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Vejo com dificuldade apoiarmos o Eduardo Cunha para presidente. As concepções políticas do Eduardo Cunha, a maneira como ele se organiza dentro da Câmara, não o aproximam do governo Dilma. Faremos uma reunião ainda em dezembro, dias 12 e 13 e a tendência é que apresentemos um nome do PT ou um nome de um partido aliado para o enfrentamento com o Eduardo Cunha. Essa é a tendência.

O governador Beto Richa repetiu exaustivamente que o Paraná tinha problemas de caixa em função dos ministros paranaenses trabalharem contra o estado. Os empréstimos chegaram e o problema de caixa do governo aparentemente não foi solucionado.

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Essa é a maior prova de que o governo Beto Richa é uma fraude eleitoral. Os empréstimos saíram e o governo está falido. Veja os projetos que ele mandou à Assembleia nesses últimos dias; são projetos de um governo desesperado. Ao mesmo tempo em que ele antecipa o recebimento de IPVA, de energia elétrica e faz REFIS para um monte de devedores, aumenta impostos e reduz secretarias, provando que tudo o que disse era mentira.

A Assembleia não perde a sua capacidade de fiscalizar se cerca de R$ 7 bilhões do orçamento ficarem livres para o governo?

A Assembleia perde todo seu papel. Se o papel de um deputado estadual é propor leis, aprovar projetos, aprovar orçamentos e acompanhar a execução orçamentária, para essa última etapa, ele não precisa mais de deputados. A Assembleia, ao aprovar esse projeto, colocou-se de joelhos ao Executivo e abriu mão de seu principal papel. Isso de uma maneira muito clara.

Quais os próximos passos do PT do Paraná?

O PT fará uma boa análise, um planejamento estratégico no começo do ano e vamos para a rua. Nosso projeto agora é 2018, olhando, claro, para 2016. Vamos ampliar o número de cidades em que vamos dirigir eleição de prefeitos, vamos aumentar nosso número de vereadores e criar as condições para voltar a debater 2018. Sem dúvida nenhuma estaremos na disputa em 2018.

Por falar em 2016, o partido tem uma aliança em Curitiba com o governo municipal e o PDT. Essa aliança se repete? Há alguma divergência em relação à atual administração?

Tenho conversado muito com a administração municipal, com o prefeito Gustavo Fruet e acho natural que continue a aliança. É uma aliança que tem dado saldos positivos para a população de Curitiba, tem fortalecido o PDT. Nossa intenção, pela maneira que está sendo construída, é que a aliança continue por mais quatro anos. Queremos apoiar a reeleição do Gustavo Fruet e queremos eleger mais vereadores além dos três que já temos.

Voltando a questão dos projetos do governador, como funcionará a contribuição dos aposentados?

Para quem ganha até aproximadamente R$ 4.500, continua isento. Quem ganha mais de R$ 4.500, vai pagar 11%. Imagine o cara se aposentar com R$ 6 mil, então hoje ele irá pagar R$ 660. É um estouro na vida do cidadão. Quer dizer, o governo estava tão bem, se reelegeu no primeiro turno e vai dar um golpe desses? Se ele disse que o melhor estava por vir, olha o “melhor” vindo.

Essa cobrança do IPVA adiantado para usar no orçamento não é inconstitucional?

Não é porque foi aprovada na Assembleia. Agora é a prova do desespero. O IPVA é sempre uma verba do primeiro semestre que quebra um “galhão” para a receita do estado. Quando ele antecipa isso para dezembro e dá esse desconto alto para receber, na verdade está tirando dinheiro do ano que vem. Vai faltar em 2015, concorda? Está descobrindo um santo para cobrir outro. Tudo isso é para pagar o décimo terceiro, já que não há dinheiro. É um ciclo: ano que vem vai faltar dinheiro para o décimo terceiro novamente.

E as outras medidas, como cortes na educação. As universidades estão sofrendo com essa gestão?

A UEM não tem dinheiro para pagar energia elétrica, não tem papel higiênico. A UEL está pior ainda. Tem gente falando em acabar as aulas antes e ir para casa. É um caos. Eles cortaram em 50% a remessa de recursos que estava prevista no orçamento. Sempre tive o Lerner como um dos piores governadores da história do estado, mais por conta do pedágio do que pela gestão. O Beto, na gestão, é pior do que o Lerner. Muito pior. Custará muito caro ao futuro do nosso estado.

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