Vereadora Carol Dartora, do PT de Curitiba, recebe ameaças após participar de ato por Justiça para o congolês Moïse Kabagambe

"Macaca fedorenta...vai pagar pelo que fez. Você não dura 2 meses", recebeu a vereadora Carol Dartora, comentarista do Giro das 11, da TV 247

Vereadora Carol Dartora (PT) e um ato por justiça par ao congolês Moïse Kabagambe
Vereadora Carol Dartora (PT) e um ato por justiça par ao congolês Moïse Kabagambe (Foto: CMC/© Tomaz Silva/Agência Brasil)


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Brasil de Fato | Curitiba (PR) - Na manhã desta quarta-feira (9), durante sessão ordinária híbrida da Câmara de Vereadores de Curitiba, a vereadora Carol Dartora (PT) denunciou os ataques racistas que têm recebido nas redes sociais por ter participado do ato por justiça a Moïse, no sábado (5).

Assim como o vereador Renato Freitas, Dartora relata estar sendo alvo de violência por ter sua imagem associada a uma suposta "invasão" à Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos de São Benedito, no Centro de Curitiba.

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"A gente está vendo uma disseminação tendenciosa de notícias sobre o ato, que está fazendo com que pessoas se sintam à vontade para ser racista e nos atacar de diversas formas. Eu nunca fui tão atacada por participar de um ato", disse a vereadora, que não esteve junto aos demais manifestantes no momento da entrada na igreja.

Dartora mostrou prints de mensagens que têm recebido pelas redes sociais. "Macaca fedorenta...vai pagar pelo que fez. Você não dura 2 meses", mandou um usuário do Instagram.

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Outra mensagem, na mesma rede, afirma: "Preta safada sem vergonha merecia ir pra cadeia não merecia ser vereadora."

"O que dá o direito de as pessoas agirem com essa violência é o fato de a minha pele ser preta. É sobre isso que a gente foi protestar na Igreja do Rosário", afirmou a vereadora.

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Para Dartora, o ato tem sido distorcido e utilizado de forma política para atacar militantes antirracistas e de esquerda. Ela lembrou que a própria Arquidiocese de Curitiba, em nota assinada pelo arcebispo Dom José Antonio Peruzzo, afirmou não querer  “politizar”, “partidarizar” ou "exacerbar as reações" sobre os fatos daquele sábado. No entanto, não é isso que tem ocorrido.

"A gente tem percebido o uso político e a tentativa de criminalizar o partido, criminalizar inclusive a nossa indignação contra o racismo", disse, complementando que "nós, militantes antirracistas, estamos sendo expostas a esse tipo de violência criminosa, violência racista."

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