Vereador quer prender aliados de Richa
O presidente da CPI do Transporte, vereador Jorge Bernardi (PDT), estuda pedir a custódia preventiva do ex-presidente da Urbs, Marcos Isfer, e do ex-diretor de Transporte, Fernando Ghignone; a decisão foi tomada com base na interpelação judicial movida pelos ex-dirigentes contra o parlamentar; "Ambos estão ameaçando os trabalhos da CPI", disse Bernardi
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Blog do Esmael - O presidente da CPI do Transporte Coletivo, vereador Jorge Bernardi (PDT), estuda pedir a custódia preventiva do ex-presidente da Urbanização de Curitiba (Urbs), Marcos Isfer, e do ex-diretor de Transporte, Fernando Ghignone. A decisão foi tomada com base na interpelação judicial movida pelos ex-dirigentes da empresa contra o vereador. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (10), durante reunião da CPI na Câmara Municipal.
Atualmente, Ghignone é presidente da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) — a estatal de água e esgoto — e preside o PSDB na capital.
Assim como Ghignone, o ex-presidente da Urbs, Marcos Isfer, também é um dos principais nomes de confiança do ex-prefeito Luciano Ducci (PSB) e do governador Beto Richa (PSDB).
"Tenho uma reunião preparatória no Ministério Público para debater a notitia criminis. O processo está pronto e pede a custódia cautelar dos senhores Marcos Isfer e Fernando Ghignone. Ambos estão ameaçando os trabalhos da CPI. A custódia significa que eles podem ser presos até que as investigações sejam concluídas", informou Bernardi.
O parlamentar tem reunião nesta sexta-feira (11), às 10 horas, na sede do Ministério Público do Paraná (MPPR), para definir uma agenda com o procurador-geral de Justiça, Gilberto Giacoia, para falar sobre a ação. Na última segunda-feira (7), o presidente da CPI recebeu a notificação oficial, na qual Isfer e Ghinone pedem detalhes sobre declarações dadas por ele à imprensa local.
Na reunião desta quinta – que ouviu o depoimento da ex-presidente da Comissão Permanente de Licitações da Urbs, Cássia Aragão –, Jorge Bernardi voltou a defender que seu direito de se manifestar está expresso na Constituição Federal (artigo 29) e destacou, ainda, que a interpelação feita a ele é um "crime contra a CPI", previsto na Lei das Comissões Parlamentares de Inquérito, que proíbe esse tipo de intervenção no trabalho dos parlamentares (artigo 4º da Lei Federal 1.579/1972).
"A orientação foi da Procuradoria Jurídica da Casa, quando a interpelação atinge um membro da CPI, ela atinge a CPI. Estamos fazendo todo o esforço para esclarecer os fatos. Por isso precisamos defender esse papel fiscalizador desta Casa. É nesse sentido que vamos defender essa medida. Se não defendermos essa comissão, as pessoas zombam de nós. Vêm aqui e nos chamam de salafrários", reiterou.
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