Vargas diz que Padilha não indicou ninguém
Deputado licenciado André Vargas afirma que foi procurado pelo ex-assessor de Alexandre Padilha, Marcus Cezar Moura, e decidiu ajudá-lo a encontrar emprego; "Vi o currículo dele e achei interesse. Ajudo as pessoas. Eu era o vice-presidente [da Câmara] e centenas de pessoas me procuravam para conseguirem alguma colocação", disse; segundo ele, o ex-ministro da Saúde e pré-candidato ao governo de São Paulo não indicou ninguém "nem na Labogen nem para outro lugar"; mensagem de Vargas ao doleiro Alberto Youssef interceptada pela Polícia Federal no âmbito da Operação Lava Jato dizia, sobre a ida de Moura para o laboratório: "foi Padilha que indicou"; caso levou à desfiliação de Vargas do PT
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247 – O deputado federal licenciado André Vargas (sem partido-PR) negou que o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha tenha indicado seu ex-assessor para dirigir o Labogen, laboratório do doleiro Alberto Youssef e que, segundo a Polícia Federal, funcionava como empresa de fachada. É a primeira vez que Vargas nega o teor da mensagem interceptada pela PF, que fazia a afirmação sobre Padilha.
À Folha de S. Paulo, ele disse que o atual pré-candidato ao governo de São Paulo não indicou ninguém "nem na Labogen nem para outro lugar". Na investigação Lava Jato, contra lavagem de dinheiro, a PF interceptou uma mensagem enviada por Vargas a Youssef em novembro que dizia, sobre a ida de Marcus Moura para o Labogen: "foi Padilha que indicou".
Agora, Vargas diz, segundo a Folha, que, quando ocupava o cargo de vice-presidente da Câmara, foi procurado pelo ex-assessor de Padilha no ministério da Saúde e decidiu ajudá-lo. "Vi o currículo dele e achei interesse. Ajudo as pessoas. Eu era o vice-presidente [da Câmara] e centenas de pessoas me procuravam para conseguirem alguma colocação", afirmou.
Padilha já negou oficialmente, por meio de nota e entrevista coletiva, as acusações de que ele teria indicado Moura e qualquer relação suspeita com o ex-assessor. Na época da suposta indicação, o laboratório do doleiro negociava com o ministério da Saúde uma parceria para a produção de medicamento que poderia render até R$ 31 milhões em cinco anos. O caso já levou à desfiliação de André Vargas do PT, e agora o deputado será alvo de um processo na Comissão de Ética da Câmara.
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