Vargas ao 247: "Aécio já teve feudo na Caixa"

O deputado André Vargas (PT-PR), vice-presidente da Câmara dos Deputados, falou ao 247 sobre o episódio das contas encerradas pela Caixa Econômica Federal e disse ter ficado "indignado" com a entrevista coletiva do senador Aécio Neves (PSDB-MG), em que o presidenciável tucano anunciou um processo contra o banco, atribuindo o episódio ao loteamento de cargos na instituição; "o primeiro emprego do Aécio foi uma diretoria na Caixa, que ele ganhou, aos 24 anos, por ser neto do Tancredo Neves", disse Vargas ao 247; em resposta, senador Cássio Cunha Lima (PSDB/PB) divulgou nota em defesa de Aécio e disse que Vargas esconde a gravidade do assunto

O deputado André Vargas (PT-PR), vice-presidente da Câmara dos Deputados, falou ao 247 sobre o episódio das contas encerradas pela Caixa Econômica Federal e disse ter ficado "indignado" com a entrevista coletiva do senador Aécio Neves (PSDB-MG), em que o presidenciável tucano anunciou um processo contra o banco, atribuindo o episódio ao loteamento de cargos na instituição; "o primeiro emprego do Aécio foi uma diretoria na Caixa, que ele ganhou, aos 24 anos, por ser neto do Tancredo Neves", disse Vargas ao 247; em resposta, senador Cássio Cunha Lima (PSDB/PB) divulgou nota em defesa de Aécio e disse que Vargas esconde a gravidade do assunto
O deputado André Vargas (PT-PR), vice-presidente da Câmara dos Deputados, falou ao 247 sobre o episódio das contas encerradas pela Caixa Econômica Federal e disse ter ficado "indignado" com a entrevista coletiva do senador Aécio Neves (PSDB-MG), em que o presidenciável tucano anunciou um processo contra o banco, atribuindo o episódio ao loteamento de cargos na instituição; "o primeiro emprego do Aécio foi uma diretoria na Caixa, que ele ganhou, aos 24 anos, por ser neto do Tancredo Neves", disse Vargas ao 247; em resposta, senador Cássio Cunha Lima (PSDB/PB) divulgou nota em defesa de Aécio e disse que Vargas esconde a gravidade do assunto (Foto: Leonardo Attuch)


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Paraná 247 - O deputado André Vargas (PT-PR) diz estar indignado com a entrevista concedida ontem pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG), em que o presidenciável tucano anunciou um processo judicial contra a Caixa Econômica Federal, em razão de contas inativas que foram encerradas (leia mais aqui). Segundo Aécio, a Caixa "deve satisfações ao Brasil", em razão do que chamou de "confisco". Ele afirmou ainda que "a ocupação de cargos por feudos que apoiam o governo prejudica a gestão de empresas públicas como a Caixa".

O motivo da "indignação" de Vargas é o fato de Aécio Neves ter sido diretor da Caixa Econômica Federal aos 24 anos, nomeado por José Sarney, após a morte do avô Tancredo Neves. "O senador Aécio, antes de criticar um banco como a Caixa, deveria ter olhado a própria biografia", disse o deputado paranaense. "Ele foi diretor do banco quando ainda era um garoto recém-formado, tendo como única credencial no currículo o fato de ser neto do Tancredo".

A atuação na Caixa consta da biografia oficial de Aécio (confira aqui). O texto informa que, em 1985, "após a morte de Tancredo Neves, é nomeado diretor da Caixa Econômica Federal e presidente da Comissão do Ano Internacional da Juventude".

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Naquele ano, Aécio foi nomeado para a diretoria então ocupada por Jorge Murad, que era genro de Sarney, e passou a ser assessor particular do então presidente da República. "Aécio, sim, teve um feudo na Caixa Econômica Federal", diz André Vargas.

O deputado afirma ainda que a coletiva de Aécio reflete "sua animosidade contra as estatais". Segundo ele, "o projeto tucano contempla a retomada de uma agenda interrompida, que passa pela privatização dos bancos oficiais".

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Em relação ao encerramento das contas inativas, ele diz que o procedimento é "normal e adotado por todos os bancos públicos ou privados."

O PSDB anunciou uma ação judicial para apurar se houve "gestão temerária" no banco. O partido pretende, ainda, convocar o presidente do banco, Jorge Hereda, e o ministro Guido Mantega, da Fazenda, a prestar esclarecimentos no Congresso.

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No ninho tucano, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), vice-presidente do partido, divulgou nota em defesa de Aécio. Leia:

É lamentável mais essa agressão gratuita do deputado André Vargas ao senador Aécio Neves, que saiu em defesa dos direitos dos 500 mil pequenos poupadores da Caixa Econômica Federal. Mas o estilo do deputado do PT, que aposta na agressão para evitar o debate, já é muito conhecido dos brasileiros.

O senador Aécio já foi diretor da Caixa e, provavelmente por isso, sentiu-se tão ou mais indignado do que todos nós com o confisco da poupança de 500 mil brasileiros feitos pela direção da instituição.

O deputado André Vargas mentiu ao dizer que o procedimento foi regular e é adotado por todos os bancos. A Controladoria-Geral da União e técnicos do Banco Central disseram que a prática foi irregular e outros bancos se pronunciaram na imprensa dizendo que nunca adotaram esse procedimento.

Ao invés de atacar o senador, o deputado devia ter atacado os técnicos do Banco Central e da CGU e os representantes de outras instituições financeiras, mas não tem coragem para isso. Prefere tentar esconder a gravidade do assunto, fingindo tratar-se de um debate meramente político. Não é. É mais um escândalo desse governo que precisa ser apurado. Não há bravata que vá impedir isso.

Senador Cássio Cunha Lima (PB)
Vice-presidente nacional do PSDB

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