Uma semana após TRF-4 afastar Appio, CNJ determina correição no tribunal
A operação passará um pente fino também no trabalho da 13ª Vara de Curitiba
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247 - Uma semana após o TRF-4 determinar a suspensão do juiz Eduardo Appio da 13ª Vara Federal de Curitiba, o corregedor nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão, determinou, nesta terça-feira (30), uma correição extraordinária nos dois locais. A operação passará um pente fino no trabalho da 13ª Vara e nos gabinetes dos desembargadores da 8ª Turma da Corte, com acesso inclusive a documentos arquivados em seus computadores. Appio é acusado de telefonar para o filho de um dos desembargadores, Marcelo Malucelli, se passando por uma terceira pessoa para ter acesso a seus dados pessoais.
A ligação entre Appio e João Malucelli ocorreu em 13 de abril de 2023. João é advogado na Justiça Eleitoral tanto do ex-juiz suspeito Sergio Moro quanto de Rosângela Moro. Appio foi afastado pelo TRF-4 em 22 de maio. O TRF-4 obteve comprovativos de que Appio acessou informações de eficácia de Malucelli no sistema interno da justiça federal e, em seguida, ligou para seu filho para confirmar uma relação familiar. No entanto, ao final da conversa, ele teria feito uma provocação que foi interpretada por Moro e pelos conselheiros do TRF-4 como uma "ameaça" ao desembargador e seu filho.
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) informou que a medida se deu, entre outros motivos, pela existência de diversas reclamações disciplinares apresentadas ao órgão, ao longo dos últimos dias, "apontando a necessidade de fiscalização e apuração de fatos relacionados à conduta de magistrados e de desembargadores vinculados à vara judicial".
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