Transporte pode ficar sem subsídio de R$ 100 milhões
O governador Beto Richa (PSDB) estuda acabar com o subsídio de R$ 100 milhões ao ano para a Rede Integrada de Transporte (RIT), que permite que usuários de Curitiba e mais 13 municípios da região metropolitana paguem a mesma tarifa; o tucano tem como base o relatório final da CPI do Transporte, concluída semana passada pela Câmara de Curitiba, que afirma haver "gordura" de R$ 0,48 no preço da tarifa
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
Blog do Esmael - O governador Beto Richa (PSDB) estuda acabar com o subsídio de R$ 100 milhões ao ano para a Rede Integrada de Transporte (RIT), que permite que usuários de Curitiba e mais 13 municípios da região metropolitana paguem a mesma tarifa.
O tucano deverá tomar a decisão tendo como base o relatório final da CPI do Transporte, concluída semana passada pela Câmara Municipal de Curitiba, que afirma haver "gordura" de R$ 0,48 no preço da tarifa. O presidente da comissão, vereador Jorge Bernardi (PDT), advoga a tese de que a tarifa tem que baixar para R$ 2,22.
Além de Bernardi, que é líder do PDT no legislativo municipal, partido prefeito Gustavo Fruet, o governador Beto Richa também se apoia em parecer do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que analisou contratos e planilhas de custo do sistema de ônibus em Curitiba. No relatório, produzido em setembro, órgão afirma que a passagem de ônibus deveria custar, no máximo, R$ 2,25 aos passageiros.
O subsídio concedido pelo governo do estado serve para compensar o valor da tarifa técnica da passagem, ou seja, aquela que é efetivamente paga às empresas. Enquanto os usuários arcam com R$ 2,70, as empresas de ônibus recebem, atualmente, R$ 2,99 por cada passageiro transportado.
Depois dos protestos de junho nas ruas da capital, Fruet reduziu a tarifa nas linhas da Rede Integrada de Transporte de R$ 2,85 para R$ 2,70, equivalente a 5,23%, que vigora desde 1º de julho.
No esforço para garantir a tarifa em R$ 2,70, até o presidente da Câmara, Paulo Salamuni (PV), se somou ao esforço ao destinar R$ 10 milhões de sobra do orçamento para os cofres municipais.
Como confusão pouca é bobagem, de posse do relatório da CPI do Transporte, vereadores de todos os partidos se movimentam no sentido de cobrar de Roberto Gregório da Silva Junior, presidente da Urbs (Urbanização de Curitiba S/A), a empresa que gerencia o transporte em Curitiba, que reduza a tarifa do ônibus para R$ 2,20 conforme determinou a comissão de investigação presidida pelo líder do partido do prefeito Fruet.
Na prática, a CPI do Transporte deu a Richa o álibi que precisava: a tarifa tem uma gordura e o município não precisa de subsídio do governo do estado; ou a CPI é laranja?
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247