Tacla Duran critica novo relator dos casos da Lava Jato no TRF-4: "sai o suspeito, entra o impedido"
A relatoria foi transferida ao desembargador Loraci Flores após a decisão de Marcelo Malucelli de se afastar dos processos
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247 - O advogado Rodrigo Tacla Duran, que recentemente denunciou o ex-juiz parcial e senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e o ex-procurador e deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) por um suposto esquema de extorsão na Lava Jato de Curitiba, criticou novo relator dos casos envolvendo a força-tarefa na 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, o desembargador federal Loraci Flores.
"Sai o suspeito entra o impedido… tudo para proteger o Russo [Sergio Moro]", escreveu Tacla Duran. A relatoria foi transferida após a decisão do desembargador Marcelo Malucelli de se afastar dos processos.
Entenda:
Por Danilo Vital, Conjur - O desembargador federal Loraci Flores é o novo relator dos casos envolvendo a finada Lava Jato na 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região. A relatoria foi transferida após a decisão do desembargador Marcelo Malucelli de se afastar de tais processos.
Juiz federal desde 1993, Loraci chegou ao TRF-4 em novembro do ano passado, incluído na leva de 12 nomes escolhidos por Jair Bolsonaro para compor a corte, por causa do aumento do número de cadeiras de desembargador promovido pela Lei 14.253/2021.
Assim como Malucelli, Loraci Flores tem familiares ligados à Lava Jato. Ele é irmão de Luciano Flores, delegado da Polícia Federal responsável por grampear a ex-primeira-dama Marisa Letícia em conversas pessoais que acabaram divulgadas em jornais, a despeito de a prática ser vedada.
Marcelo Malucelli, por sua vez, é pai do advogado João Eduardo Malucelli, sócio do ex-juiz Sergio Moro em um escritório de advocacia.
O afastamento de Malucelli dos casos no TRF-4 se deu por motivos que se relacionam com a "integridade física e moral" de sua família, conforme justificou o magistrado. A decisão foi tomada depois de Malucelli restabelecer a prisão preventiva de Tacla Duran, advogado que trabalhou para a Odebrecht, apesar de o Supremo Tribunal Federal ter suspendido as ações penais contra ele.
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