Sindicalista: "greve dos professores é inevitável"
Segundo o diretor de comunicação da APP-Sindicato, Luiz Paixão, a categoria vai aprovar, em assembleia, no próximo sábado (29), greve por tempo indeterminado, mas disse que ainda há um dilema sobre a data para deflagrar o movimento nas 2,1 mil escolas da rede pública do Paraná; o dirigente espera cerca de mil educadores de todo o estado no encontro
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Blog do Esmael - Este blogueiro entrevistou na manhã desta quinta-feira, 26, o diretor de comunicação da APP-Sindicato, Luiz Paixão, sobre a assembleia geral dos educadores neste sábado, dia 29, a partir das 9 horas, na Sociedade Morgenau, em Curitiba.
Professor Paixão, como é conhecido o líder sindical, confirmou que a categoria vai aprovar greve por tempo indeterminado, mas disse que ainda há um dilema sobre a data para deflagrar o movimento nas 2,1 mil escolas da rede pública do Paraná.
"A greve dos professores e funcionários é inevitável porque o governo Beto Richa não nos deixou alternativa", afirmou Paixão, que espera cerca de mil educadores de todo o estado na assembleia de sábado.
O leitor deste blog soube da disposição de os educadores paranaenses entrar em greve, em primeira mão, no dia 19 de março quando esta página relatou sobre o fracasso da "política do cafezinho" da APP-Sindicato (clique aqui para relembrar).
A última greve da educação ocorrida no Paraná foi em 2000, ainda no governo Jaime Lerner. Antes dessa houve a de 1988, no governo Álvaro Dias, hoje senador da República.
Flávio Arns deixará a SEED e pode escapar da greve
Na segunda-feira, 24, este blog também mostrou em primeira mão que o vice-governador Flávio Arns (PSDB) deixará o comando da Secretaria de Estado da Educação (SEED) para disputar as eleições de outubro. Ele tem até 5 de abril para se desincompatibilizar do cargo, caso contrário fica inelegível para concorrer à Assembleia Legislativa ou mesmo à reeleição de vice (clique aqui).
Diferente de 2010, quando o então candidato Beto Richa (PSDB) antecipou o nome de Arns para a Educação, visando conter boatos de que o senador Álvaro Dias assumiria a pasta, em 2014 dificilmente o governador o confirmará na vice, na chapa de reeleição, ou mesmo na SEED, caso seja reeleito.
Fato concreto é que, se a APP-Sindicato deflagrar a greve somente a partir de 7 de abril, Arns escapará incólume do desgaste que um movimento desse causa ao titular da Educação. Segundo uma fonte do blog no Palácio do Iguaçu, o vice deverá ser substituído na SEED pelo também tucano Paulo Schimidt.
Promessas não cumpridas pela dupla Arns/Richa
A própria presidenta da APP-Sindicato, Marlei Fernandes, após reunião no Palácio Iguaçu, na tarde do último dia 19, reconheceu que não houve avanço em nenhuma pauta da categoria. O comunicado da líder sindical, ao subir no caminhão de som, concomitante com um discurso do deputado Professor Lemos (PT), na Assembleia, deu a senha para o início do movimento paredista.
A pauta de reivindicações da APP-Sindicato consiste:
* Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN);
* 33% de hora-atividade;
* Reajuste real para os funcionários;
* Porte das Escolas (fechamento de turmas);
* Fim da liberação do QPPE à disposição de secretarias;
* Falta de Instrução sobre a Educação de Jovens e Adultos (EJA);
* Corte do auxílio-transporte dos educadores em licença médica;
* Divulgação resultado do Concurso do Magistério;
* Efetivação da hora-aula para professores da Educação Especial;
* Agilidade nas liberações dos educadores que tiveram seus pedidos de afastamento para a realização de mestrado ou doutorado; e
* Pagamento aos educadores de R$ 100 milhões relativos a avanços e progressões atrasados.
Serviço: assembleia de professores e funcionários
Data: 29 de março
Local: Sociedade Morgenau
Horário: 8h00
Endereço: Av. Senador Souza Naves, nº 945, Cristo Rei, Curitiba/PR.
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