Richa usa metade de verba para saldar dívida
Os R$ 817 milhões concedidos pela União ao governo paranaense eram originalmente destinados ao desenvolvimento dos municípios, como parte do Proinveste; mas, segundo informações divulgadas em janeiro deste ano pela ex-secretária da Fazenda, Jozélia Nogueira, a dívida do estado com fornecedores para a construção de rodovias chegaria a R$ 1,1 bilhão; do total do empréstimo, a estimativa é que o governo Beto Richa (PSDB) destine R$ 421 milhões (51,5% do montante), para o pagamento de uma parcela da dívida
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Notícias Paraná - O governo estadual pretende utilizar a maior parte dos empréstimos liberados ao Estado para o reembolso de gastos realizados pela gestão Beto Richa. A verba concedida pela União era originalmente destinada ao desenvolvimento dos municípios, como parte do Programa de Apoio ao Investimento de Estados e do Distrito Federal (Proinveste).
Segundo informações divulgadas em janeiro deste ano pela ex-secretária da Fazenda, Jozélia Nogueira, a dívida do estado com fornecedores para a construção de rodovias chegaria a R$ 1,1 bilhão. Do total de R$ 817 milhões subsidiados pelo Proinveste, a estimativa é que R$ 421 milhões, equivalente a 51,5% do montante, seja destinado ao pagamento de uma parcela da dívida.
No início das negociações para liberação dos empréstimos pela União, a meta do governo estadual era destinar os valores a três áreas prioritárias: R$ 186,4 milhões para segurança pública, R$ 200 milhões para o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), e R$ 430,6 milhões para obras em rodovias.
Com a alocação de 51,5% dos empréstimos para o reembolso de gastos passados, apenas 24% do total (R$ 196 milhões) seria destinado a novos investimentos. Os R$ 200 milhões para o BRDE, equivalente a 24,5% dos empréstimos, não seria alterados – o valor é parte de um investimento conjunto entre Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul para o desenvolvimento da região.
As negociações para liberação dos recursos do Proinveste ao Paraná se estenderam pelos últimos dois anos, com bloqueio de avais ao estado devido ao descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal, que determina o investimento de 12% da receita estadual na área de saúde. O parecer final do BNDES sobre o repasse dos valores deve ser divulgado na próxima terça-feira (27).
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