Richa: todos precisam dar sua cota de sacrifício

Governador tucano Beto Richa defende polêmico pacotaço fiscal que prevê o confisco de R$ 8 bi da Paraná Previdência, o fundo previdenciário dos servidores, para tapar o rombo no caixa do governo: “Neste momento todos precisam dar a sua cota de sacrifício --inclusive os servidores públicos-- para que, o mais breve possível, o Paraná amplie sua capacidade de investimento”

Governador tucano Beto Richa defende polêmico pacotaço fiscal que prevê o confisco de R$ 8 bi da Paraná Previdência, o fundo previdenciário dos servidores, para tapar o rombo no caixa do governo: “Neste momento todos precisam dar a sua cota de sacrifício --inclusive os servidores públicos-- para que, o mais breve possível, o Paraná amplie sua capacidade de investimento”
Governador tucano Beto Richa defende polêmico pacotaço fiscal que prevê o confisco de R$ 8 bi da Paraná Previdência, o fundo previdenciário dos servidores, para tapar o rombo no caixa do governo: “Neste momento todos precisam dar a sua cota de sacrifício --inclusive os servidores públicos-- para que, o mais breve possível, o Paraná amplie sua capacidade de investimento” (Foto: Roberta Namour)


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247 – Diante de um Estado afundado em dívidas, o governador reeleito Beto Richa sai novamente em defesa de seu polêmico pacotaço de ajuste fiscal que prevê o confisco de R$ 8 bi da Paraná Previdência, o fundo previdenciário dos servidores, para tapar o rombo no caixa do governo: “Neste momento todos precisam dar a sua cota de sacrifício --inclusive os servidores públicos-- para que, o mais breve possível, o Paraná amplie sua capacidade de investimento”.

Leia o artigo de Richa sobre o assunto:

Restabelecendo a verdade

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O Paraná, apesar das dificuldades conjunturais, goza de uma condição estrutural muito mais sólida que a pregada por opositores

Encerrada a greve dos professores da rede pública, é hora de restabelecer a verdade dos fatos sobre a situação econômica do Paraná e expor as medidas que estamos tomando para assegurar o equilíbrio das finanças do Estado.

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Tenho certeza de que o leitor, isento de paixões, concordará comigo que o Paraná, apesar das dificuldades conjunturais, goza de uma condição estrutural muito mais sólida que a pregada por opositores.

Ao assumir o governo, em janeiro de 2011, herdei uma dívida de curto prazo de R$ 4,5 bilhões (R$ 1 bilhão só de recolhimentos ao Pasep, não realizados na gestão anterior).

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Promovemos um ajuste fiscal, com o corte de mil cargos comissionados, a eliminação de cinco secretarias e a redução de quase 20% das despesas de custeio.

Tudo para sanear as finanças do Estado, engessadas por vinculações obrigatórias de receitas.

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Em primeiro lugar, considerando apenas tributos arrecadados pelo Estado, devem ir para os municípios 25% do ICMS e 50% do IPVA.

O restante da receita --composta da porcentagem remanescente de ICMS e IPVA, somada aos repasses federais para cada área-- deve ser executado da seguinte forma: 20% para o Fundeb, 30% para a educação, 12% para a saúde, 18,6% para os demais Poderes, 2% para ciência e tecnologia, 2% para precatórios (compromisso que não havia na gestão anterior) e 1% para o Pasep.

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Embora esses repasses comprometam cerca de 80% da arrecadação do ICMS e do IPVA, investi em educação e saúde mais do que prevê a lei. Em 2014, foram aplicados 34,3% das receitas em educação e 12,3% em saúde.

Também elevamos o investimento em segurança pública, contratando 10 mil policiais e melhorando substancialmente seus salários.

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Os avanços na educação constituem um capítulo à parte: 60% de reajuste para os professores em quatro anos, contratação de 23 mil profissionais e aumento de 75% na hora-atividade. Hoje, um professor com jornada semanal de 40 horas passa 26 horas na sala de aula e 14 fora dela, preparando matérias e corrigindo provas.

Tivemos que transferir aposentadorias do fundo de previdência dos servidores para o Tesouro do Estado --decisão que visava garantir maior longevidade ao fundo de previdência. Em apenas dois anos, isso custou ao Tesouro a vultosa quantia de R$ 4 bilhões.

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No diálogo com servidores, buscamos agora equacionar o problema de forma que a previdência permaneça sustentável no longo prazo, sem que se penalize o Estado.

Outra perda significativa, de R$ 4 bilhões, teve origem na política de desonerações fiscais do governo federal, que reduziu drasticamente as receitas do Estado --extinção da Cide, redução da tarifa de energia, congelamento artificial do preço dos combustíveis, entre outros.

Ainda que não esteja isolado do contexto nacional, caracterizado pelo baixo crescimento entre 2011 e 2014, o Paraná teve desempenho econômico bem melhor no período. O Produto Interno Bruto paranaense cresceu a uma taxa anual de 4%, contra menos de 2% do Brasil.

Afirmo que o Estado se mantém em situação sólida porque, com todos esses percalços, pagamos R$ 5,6 bilhões da dívida consolidada e recebemos apenas R$ 1,1 bilhão em novos financiamentos. A dívida consolidada caiu de mais de 90% da sua receita corrente líquida, em 2010, para 58% em 2014.

Infelizmente não conseguimos evitar problemas momentâneos de caixa, que se agravaram nos últimos meses com a queda de receitas. O ajuste fiscal aprovado em dezembro e o novo plano de austeridade deflagrado logo depois terão resultados efetivos a curto e médio prazo.

Neste momento todos precisam dar a sua cota de sacrifício --inclusive os servidores públicos-- para que, o mais breve possível, o Paraná amplie sua capacidade de investimento. O que mais precisamos agora é de trabalho e serenidade.

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