Richa quer privatizar florestas no Paraná
O tucano quer vender 12 mil hectares de floresta ao preço mínimo de R$ 100 milhões. O leilão está previsto para as 14 horas desta segunda-feira 26; tudo para aliviar o caixa do estado; o projeto do governo do estado é desfazer de todos os 45 mil hectares de mata sob o controle do Instituto de Florestas do Paraná
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Do blog do Esmael - A sanha privatista do governo Beto Richa (PSDB) parece não ter fim no Paraná. Depois de transformar ações ordinárias em preferenciais e passar o controle das mais estratégicas diretorias da Sanepar (Companhia de Saneamento do Paraná) à empreiteira Andrade Gutierrez, agora o tucano mira as florestas remanescentes de mata atlântica, situados entre a Serra do Mar e o interior paranaense.
O tucano quer vender 12 mil hectares de floresta ao preço mínimo de R$ 100 milhões. O leilão está previsto para as 14 horas desta segunda-feira (26). Tudo para aliviar o caixa do estado. A gestão de Richa passa pela mais dura crise financeira da história do Paraná.
Desde o ano passado, o governador paranaense luta pela liberação de R$ 817 milhões de empréstimo do Proinveste junto ao governo federal. O dinheiro serviria investimentos e fazer frente à folha de pagamento inchada pela contratação de servidores comissionados.
A privatização da floresta permitirá a venda da madeira até como lenha a ser queimada nas indústrias. O projeto do governo do estado é desfazer de todos os 45 mil hectares de mata sob o controle do Instituto de Florestas do Paraná. Richa alega que o custo da manutenção das reservas é altíssimo, que dá prejuízo ao erário a preservação das áreas.
“Esse patrimônio não pode ser entregue assim. Isso é improbidade administrativa, é crime. É desespero para fazer caixa de qualquer jeito”, disse ao jornal Folha de S. Paulo, na edição deste sábado (24), o ambientalista Clóvis Borges, diretor da Sociedade de Proteção à Vida Selvagem.
O senador Roberto Requião (PMDB) observa que o clima é de fim de feira no governo Richa. Segundo o parlamentar, não vai sobrar nada do Estado. “É privatização da Sanepar, privatização da Copel, terceirização em tudo, as tais PPPs entregando estradas para o setor privado com pedágios absurdos depois para a população, dívida em cima de dívida”.
“Senhores deputados, se nós paranaenses não abrirmos os olhos, se vocês não tomarem uma atitude de por freio e bridão nas bobagens do nosso governador, ele vai acabar vendendo o Palácio Iguaçu para o McDonalds fazer uma lanchonete. O Palácio Iguaçu vai acabar sendo uma lanchonete para vender hambúrguer”, protestou há duas semanas o senador, que almeja voltar ao governo do Paraná.
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