Richa aplica tarifa de 29% na conta de luz de produtores
O governador Beto Richa (PSDB) acabou com diferimento na tarifa da energia elétrica para os agricultores paranaenses; como consequência, a produção agropecuária teve aumento de 29% na conta deste mês de fevereiro; o tucano alterou o regulamento da cobrança do ICMS da energia para o produtor rural por meio do decreto 1600/2015, de junho do ano passado
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
Blog do Esmael - O governador Beto Richa (PSDB) acabou com diferimento na tarifa da energia elétrica para os agricultores paranaenses. Com isso, a produção agropecuária teve aumento de 29% na conta deste mês de fevereiro. Uma pancada.
O governador tucano alterou o regulamento da cobrança do ICMS da energia para o produtor rural por meio do decreto 1600/2015, de junho do ano passado. (Note o caro leitor que não foi Dilma ou Gleisi que fizeram mais essa maldade).
Richa limitou o desconto de 29% do ICMS à faixa de consumo de mil quilowatts/horas, equivalente ao de uma casa de tamanho médio. Ou seja, na prática, o tucano revogou a isenção do imposto que era concedida desde o governo de Roberto Requião (PMDB).
O fim do desconto foi adiado de junho de 2015 para este mês de fevereiro de 2016 em virtude de pressões políticas, mas, ao final, o secretário da Fazenda, Mauro Ricardo Costa, venceu a queda de braço.
A medida do governo do estado pode inaugurar uma era de quebradeiras no campo, como pequenas granjas e empreendimentos agropecuários, a exemplo do que já ocorre no comércio urbano com o aumento do ICMS e a substituição tributária.
Diversos prefeitos do interior paranaense avaliam que o novo tarifaço inviabiliza a permanência do homem no campo, levando muitas famílias a abandonar a vida em chácaras no entorno dos municípios.
O dinheiro do novo tarifaço da Copel vai direto para o Caixa Único (CU) do governo Beto Richa, que é um buraco sem fim.
O agronegócio entrou na linha de tiro do tucanato em virtude de o setor responder pela geração de riquezas (35% do PIB) e ajudar elevar o Paraná à condição de quarta economia do país. Além disso, a agroindústria ou agropecuária respondem por 15% dos empregos formais no estado.
Mas a pergunta que não quer calar é: cadê Ágide Meneguette, o presidente da Federação da Agricultura do Paraná (FAEP)? Onde está o presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski?
Enquanto isso, no Palácio Iguaçu, Richa e Mauro Ricardo são vistos com frequência cantarolando: "♪♪ O melhor está por vir ♫♫".
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247