Richa anuncia alta de 4,6% no PIB do Paraná
O governador Beto Richa (PSDB) anunciou um crescimento de 4,6% para o PIB do Paraná neste ano; "Vivemos um momento histórico, com grandes investimentos industriais e criação de milhares de novos empregos em todos os setores. Aliado a isso, o agronegócio, que é o motor da nossa economia, demonstra toda a sua capacidade, batendo recorde de produção", disse o gestor
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Agência de Notícias do Paraná - O governador Beto Richa anunciou nesta terça-feira (03/12) um crescimento de 4,6% para o Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná neste ano. Durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do Paraná (Cedes), realizada no Palácio Iguaçu, Richa destacou que o bom ambiente de negócios contribuiu para puxar a taxa paranaense.
"Vivemos um momento histórico, com grandes investimentos industriais e criação de milhares de novos empregos em todos os setores. Aliado a isso, o agronegócio, que é o motor da nossa economia, demonstra toda a sua capacidade, batendo recorde de produção", disse o governador Beto Richa.
O índice calculado pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) mostra a expansão do PIB de janeiro a setembro de 2013, em comparação com igual período de 2012. No País, a variação foi de 2,4% no mesmo espaço de tempo, de acordo com estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O economista Francisco José Gouveia de Castro, do Ipardes, confirma que a maior intensidade de crescimento da economia paranaense em relação à média brasileira pode ser atribuída à forte recuperação da renda do agronegócio, a vitalidade do mercado de trabalho e à produção industrial.
SETORES - Na agricultura, os preços internacionais favoreceram o setor. Além disso, o Estado colheu uma safra recorde de verão em 2013. Foram colhidas mais de 23 milhões de toneladas - 31% maior que a do ano anterior.
Na indústria, a produção do Estado, medida pela Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), do IBGE, cresceu 4% entre janeiro e setembro de 2013 sobre o mesmo período de 2012. No País, o índice ficou positivo em 1,6%.
Três segmentos industriais apresentaram crescimento destacado no Paraná, puxados pelos bons resultados da agropecuária. A fabricação de veículos teve alta de 15,5% - especialmente pela maior produção de caminhões. No ramo de máquinas e equipamentos a alta foi de 15,1%, enquanto a área de produtos químicos teve acréscimo de 14,2%.
No comércio, o faturamento real (com dedução da inflação) do varejo no Paraná registrou ampliação de 6,8%, entre janeiro e setembro de 2013. Neste setor, o aumento das vendas de combustíveis (11%) e veículos (8,8%) foi influenciado pelo aumento da renda no campo.
Em razão do aquecimento do emprego e da renda dos paranaenses, houve altas expressivas no comércio de produtos farmacêuticos e de perfumaria (10,5%), artigos de utilização doméstica (10,1%), eletrodomésticos (9,4%), livros, jornais e revistas (8,2%) e material de construção (7,5%).
EMPREGO – De acordo com o IBGE, o efetivo de mão de obra da indústria do Paraná cresceu por 41 meses sem interrupção, entre março de 2010 e julho de 2013. Mesmo com os declínios de constatados em agosto e setembro, o emprego fabril paranaense ficou posito em 0,5% no ano.
Além disso, as estatísticas do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), mostram que o Paraná foi o terceiro maior gerador de ocupações com carteira assinada no País janeiro e outubro de 2013, respondendo por 8,6% das vagas líquidas abertas, ficando atrás somente de São Paulo (29,8%) e Minas Gerais (10,2%).
"É igualmente fácil notar um pronunciado componente de interiorização nos fluxos incrementais do fator trabalho no Estado, retratado na participação de 92,1% do interior no volume de postos formais criados no setor industrial - que exibe remunerações em média 40% superiores aos demais setores", analisa o economista do Ipardes.
Segundo ele, desde 2011 a contribuição dos municípios do interior no emprego industrial foi de 82%, contra 67,8% no intervalo 2003-2010. "Ressalte-se que o acréscimo do pessoal ocupado com carteira assinada na indústria no interior vem acontecendo sem a perda de embalo da Região Metropolitana de Curitiba, tem a menor taxa de desemprego do País", afirma Gouveia de Castro.
2014 - Para o economista Francisco José Gouveia de Castro, o Paraná deve manter a boa performance em 2014 com base na recuperação da produção e rentabilidade do agronegócio; maturação da carteira de mais de R$ 26 bilhões de empreendimentos do programa Paraná Competitivo; e impulsão dos investimentos em obras de infraestrutura.
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