Richa acusa governo federal de "boicote"
O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), candidato à reeleição, saiu em defesa do seu governo, constantemente atacado pelo pelos seus adversários tendo como principal crítica a de que o estado está em crise financeira; segundo o tucano, o Executivo estadual herdou cerca de R$ 4,5 bilhões de dívidas do governo anterior, do senador Roberto Requião (PMDB), concorrente de Richa; o gestor também acusou o governo federal de "boicotar" o Executivo;
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Paraná 247 – O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), candidato à reeleição, saiu em defesa do seu governo, constantemente atacado pelo pelos seus adversários tendo como principal crítica a de que o estado está em crise financeira. Segundo Richa, que tem os senadores Roberto Requião (PMDB) e Gleisi Hoffmann (PT) como seus maiores concorrentes, o Executivo estadual herdou cerca de R$ 4,5 bilhões de dívidas do governo anterior, de Requião. O tucano também acusou o governo federal de "boicotar" o Paraná.
"Foi R$ 1 bilhão em dívida acumulada ao longo de 8 anos de Pasep; água, luz e telefone de R$ 100 milhões; promoções e progressões de professores acumuladas de 2 anos que somam R$ 70 milhões. Por causa disso, parte da nossa energia foi para pagar esses compromissos, colocar a casa em ordem", disse o tucano, nesta terça-feira (29), em entrevista à Rádio e ao Portal Banda B. "Paralelamente a isso, um outro agravante foi o forte boicote do Governo Federal ao estado do Paraná", disparou.
A falta de entendimento entre os governos federal e paranaense já motivou tentativa de "judicializar" esta troca de farpas. No início deste mês, a União pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a condenação do estado por má-fé. Isso porque o procurador-geral adjunto do estado, Sérgio Botto de Lacerda, pediu a prisão do secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, sob o argumento de que o tesouro estaria fazendo "perseguição política" ao Paraná pela demora na liberação de R$ 816,8 milhões do Programa de Apoio ao Investimento dos Estados e Distrito Federal (Provinveste), do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Alguns dos principais problemas enfrentados pelo governo Richa foram a falta de gasolina em viaturas da Polícia Militar (PM), de pagamento de servidores e fornecedores em atraso. Apesar de ter confessar a falta de combustível, o governador negou que o estado esteja "quebrado".
"Foi uma questão localizada por questões burocráticas essa de gasolina em viaturas. Um estado que está quebrado não compra 1,4 viaturas novas. Antes não tinha problemas com gasolinas em viaturas porque tinham pouquíssimas, velhas, sucateadas. Prefeituras e associações comerciais tinham que abastecê-las. No nosso governo isso não foi feito, nós bancamos isso tudo", disse.
Defendendo o seu governo, Richa destacou a contratação de 10 mil policiais, a maior da história do Paraná. "Governo que está quebrado não contratada 31 mil professores e garante 60% de aumento salarial, o maior aumento que a categoria já recebeu na história do Paraná. Fizemos obras e conservação de estradas, contratamos policiais. Estado quebrado não faz nada disso", complementou.
Ainda na entrevista, o gestor aproveitou para falar sobre o recente reajuste da tarifa da Companhia de Energia Elétrica (Copel), de 23% ao consumidor. "As tarifas de energia praticadas em todos os estados estão abusivas e elevadíssimas. Mas, essa determinação é da Aneel, do Governo Federal, e não do Paraná", afirmou.
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