Requião: Senado votou pelo fim do estado social no Brasil

"Que sessão deprimente, que desatino. Estão destruindo a dignidade e a esperança no Brasil. A luta continua, no entanto", protestou o senador Roberto Requião (PMDB-PR) no Twitter, após a votação da PEC 55; "53 senadores votaram a favor do fim do estado social no Brasil", criticou; peemedebista já havia dito que o Senado é suspeito para aprovar PECs e reformas após a delação da Odebrecht

Senador Roberto Requião (PMDB-PR) propõe debate sobre reforma agrária e remessas de lucros
Senador Roberto Requião (PMDB-PR) propõe debate sobre reforma agrária e remessas de lucros (Foto: Leonardo Lucena)


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247, com Agência Brasil - O senador Roberto Requião (PMDB-PR) criticou o duramente a aprovação da PEC 55, que congela os gastos públicos por 20 anos. Segundo a proposta, a despesa de um ano deve corresponder à do ano anterior corrigida pela inflação. "Que sessão deprimente, que desatino. Estão destruindo a dignidade e a esperança no Brasil. A luta continua, no entanto", disse o parlamentar no Twitter. Com 53 votos a favor e 16 contra, o Senado aprovou, em segundo turno, o texto-base da Proposta de Emenda à Constituição do Teto de Gastos (PEC 55/2016). Não houve abstenção. 

Segundo Requião, "a PEC 55 não é remédio amargo, é remédio errado. Protege bancos e rentistas e prejudica o povo". "53 senadores votaram a favor do fim do estado social no Brasil. PEC 55", criticou.

Desde as primeiras horas da manhã, estudantes, sindicalistas, servidores públicos e vendedores ambulantes se dirigiram para a Esplanada dos Ministérios para acompanhar a votação da PEC do Teto. Até as 11h30, o número de manifestantes concentrados no Museu da República e nas proximidades do Congresso Nacional ainda era pequeno, inferior ao de policiais que estão na região para evitar distúrbios.

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Contrários à PEC, um grupo de 26 estudantes secundaristas de São José dos Pinhais (PR) conversou com a Agência Brasil enquanto descansava sob a sombra de uma árvore e antes da aprovação da proposta. Evitando se identificar, os jovens de 15 a 20 anos contaram ter viajado de 26 horas a 30 horas de ônibus para vir ao protesto. Eles já participaram de ocupações de escolas públicas contra a medida provisória que propõe a reforma do ensino médio e acreditam que, se aprovada, a PEC 55 trará prejuízos ao ensino e à saúde pública.

Uma delegação do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde Pública (SindSaúde) do Estado do Paraná também veio a Brasília para a manifestação. “Essa PEC será um retrocesso para os investimentos sociais, e queremos que os senadores a retirem da pauta. Se passar, hoje, vamos continuar fazendo pressão para evitar que os trabalhadores, principalmente os de menor poder aquisitivo, sejam prejudicados por essa iniciativa”, disse o coordenador-geral da entidade, Manoel Furlan Barbero, antes da aprovação da PEC pelos senadores.

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Diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Weller Pereira Gonçalves, viajou junto com um grupo de 40 pessoas. A maioria já havia estado em Brasília no final de novembro, quando a proposta foi aprovada em primeiro turno. “Infelizmente, achamos que os senadores vão aprovar esta PEC e, fatalmente, vai faltar dinheiro para a saúde e a educação”, disse o sindicalista. Ele criticou também a proposta de reforma da Previdência. “Os últimos governos têm se aliado aos grandes empresários para salvá-los retirando direitos dos trabalhadores, que são quem está sendo chamado a pagar pela crise”, disse Gonçalves.

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