Requião: eleição de 2020 foi uma “lufada de ar puro”, mas estigmas contra a esquerda ainda prevaleceram

“O estigma do Boulos acabou prevalecendo: o homem que ocupava propriedades privadas”, disse o ex-senador à TV 247, comentando também o caso de Manuela D’Ávila, em Porto Alegre: “acabou sendo derrotada pelo fato da legenda do partido comunista”. Assista

Roberto Requião, Guilherme Boulos e Manuela D'Ávila
Roberto Requião, Guilherme Boulos e Manuela D'Ávila (Foto: Divulgação)


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247 - O ex-senador Roberto Requião (MDB-PR) fez na TV 247 um balanço das eleições municipais de 2020 e afirmou que os estigmas contra a esquerda ainda prevaleceram no pleito, ainda que avanços do setor possam ser notados.

“Me animei com o processo eleitoral, senti uma lufada de ar puro no processo político brasileiro. No entanto, eu verifico que valeram ainda os estigmas colocados na política pela Rede Globo. Ou seja, eu fiquei entusiasmado com a participação na campanha do Boulos em São Paulo do pessoal consciente, politizado, e fiquei entusiasmado com a participação na campanha da Manu, em Porto Alegre. O que eu vi foi o seguinte: que embora tenha tido a participação das pessoas que têm a política na cabeça, prevaleceram ainda os estigmas”, disse o ex-parlamentar.

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Segundo Requião, Boulos não conseguiu superar o atual prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), no segundo turno porque carrega ainda a imagem distorcida de ‘invasor de terras’, por sua trajetória no Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). “Eu  achava que o Boulos não faria 8%, ele brilhou com o número que conseguiu. O estigma do Boulos acabou prevalecendo: o homem que ocupava propriedades privadas. Embora não fosse isso que ele fizesse. Então eu vi que prevaleceu esse preconceito: a esquerda invasora, esquerda comunista; mesmo assim a consciência avançou muito na população de São Paulo, que foi traduzida no apoio à campanha do Boulos”.

Na capital do Rio Grande do Sul, com Manuela D’Ávila (PCdoB), o ex-senador avalia que o que determinou a derrota da candidata foi um erro na campanha eleitoral e o “rótulo” da legenda de Manuela: o comunismo. “A Manu avançou muito, muito, muito, e avançou com o rótulo do Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Ela acabou sendo derrotada por um excesso de identitarismo e pelo fato da legenda do partido comunista, que é um estigma da Guerra Fria que é mantido no Brasil ainda. Mas a população e os eleitores se manifestaram com clareza”.

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