Requião denuncia cartel de empresas de pneus no País

Senador do PMDB foi à tribuna do Plenário nesta sexta-feira 20 denunciar que há décadas seis gigantes estrangeiras dominam o mercado nacional e extraem daqui lucros "absurdos e estratosféricos", por meio de um conjunto de estratégias "imorais e predadoras"; segundo Roberto Requião, o cartel é formado pelas empresas Pirelli, Michelin, Continental, Goodyear, Bridgestone e Firestone

Senador Roberto Requião (PMDB-PR) denuncia a formação de cartel por seis multinacionais que comercializam pneus no Brasil
Senador Roberto Requião (PMDB-PR) denuncia a formação de cartel por seis multinacionais que comercializam pneus no Brasil (Foto: Gisele Federicce)


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Agência Senado - O senador Roberto Requião (PMDB-PR) foi à tribuna do Plenário nesta sexta-feira (20) denunciar a formação de cartel por seis multinacionais que comercializam pneus no Brasil, prática que, segundo ele, prejudica os interesses do país e principalmente os consumidores brasileiros.

O representante do Paraná disse que há décadas seis gigantes estrangeiras dominam o mercado nacional e extraem daqui lucros "absurdos e estratosféricos", por meio de um conjunto de estratégias "imorais e predadoras".

Conforme Requião, Pirelli, Michelin, Continental, Goodyear, Bridgestone e Firestone produzem apenas 45% e importam 55% do que vendem no país e acabam se beneficiando da regra que impede a importação de produtos a preços menores que os nacionais.

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– As multinacionais não fazem os investimentos necessários para suprir a demanda interna com produtos fabricados aqui. Além disso, superdimensionam o preço dos pneus nacionais para dizerem que não podem trazer do exterior produtos com preços mais baratos. Ou seja, elas são fabricantes e importadores. Claro que detêm o poder de manipular preços internos e externos, pois trabalham em forma de cartel – criticou.

Para piorar, segundo Requião, as seis gigantes multinacionais foram ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior para denunciar a prática de dumping por parte de pequenas importadoras.

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– Qualquer importador que importar a preços baixos, com lucros honestos e módicos, será acusado de dumping. As multinacionais elevam o preço interno, exigem sobretaxa para quem consegue trazer produtos mais baratos para o Brasil e ainda alegam que estão tentando proteger a indústria nacional. Na verdade, a ânsia delas é por lucros elevados. É vergonhoso – afirmou.

O senador disse esperar que o Ministério não retire dos consumidores brasileiros o direito de comprarem pneus com preços mais justos, visto que os pequenos importadores são Davids enfrentando poderosos Golias.

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Caças

Em relação ao recente anúncio feito pelo governo federal de compra dos caças suecos da Gripen, Roberto Requião considerou acertada a escolha. Na opinião dele, a possibilidade de transferência de tecnologia foi determinante, bem como a produção de componentes das aeronaves no Brasil.

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– Queremos aviões, mas com transferência de tecnologia. Recentemente, a Embraer foi contratada para vender aviões para a China, e o governo chinês exigiu que a empresa instalasse uma planta lá. E hoje eles já têm condição de competir conosco mesmo e com a Bombardier, outra concorrente do setor. Isso é defesa do interesse nacional; é preocupação com emprego e com a soberania – opinou.

Em aparte, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) defendeu a fabricação dos produtos no Brasil e disse que o país precisa de uma política de importação inteligente.

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– Falta política de longo prazo para a industria brasileira. Falta uma política de desenvolvimento,. E ela não virá em 2015, porque nenhum dos candidatos fala sobre isso. Estamos presos ao imediato e isso nos impede de avançar – disse.

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