Requião critica “mecanismo” da Justiça do Paraná

O senador Roberto Requião (MDB-PR) analisou a condenação do ex-presidente da Copel pelo desvio de R$ 39,6 mi estatal de energia, em 2002; o congressista lembrou que ele próprio foi condenado a pagar uma indenização de R$ 50 mil por ter chamado Hubert de ladrão; "E eu fico cá pensando: se o mecanismo da Justiça paranaense levou 15 anos para condenar Hubert, Youssef e tais, na ação civil pública, quantos anos levará para julgar a ação criminal contra esses reconhecidos criminosos"

O senador Roberto Requião (MDB-PR) analisou a condenação do ex-presidente da Copel pelo desvio de R$ 39,6 mi estatal de energia, em 2002; o congressista lembrou que ele próprio foi condenado a pagar uma indenização de R$ 50 mil por ter chamado Hubert de ladrão; "E eu fico cá pensando: se o mecanismo da Justiça paranaense levou 15 anos para condenar Hubert, Youssef e tais, na ação civil pública, quantos anos levará para julgar a ação criminal contra esses reconhecidos criminosos"
O senador Roberto Requião (MDB-PR) analisou a condenação do ex-presidente da Copel pelo desvio de R$ 39,6 mi estatal de energia, em 2002; o congressista lembrou que ele próprio foi condenado a pagar uma indenização de R$ 50 mil por ter chamado Hubert de ladrão; "E eu fico cá pensando: se o mecanismo da Justiça paranaense levou 15 anos para condenar Hubert, Youssef e tais, na ação civil pública, quantos anos levará para julgar a ação criminal contra esses reconhecidos criminosos" (Foto: Leonardo Lucena)


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Paraná 247 - O senador Roberto Requião (MDB-PR) analisou a condenação do ex-secretário de Fazenda e ex-presidente da Copel pelo desvio de R$ 39,6 milhões estatal de energia, em dezembro de 2002, no final do governo de Jaime Lerner. O congressista lembrou que ele próprio foi condenado a pagar uma indenização de R$ 50 mil por ter chamado Hubert de ladrão. 

O parlamentar recorda que, em dezembro de 2002, "o então presidente da Companhia de Energia do Paraná, a Copel, o senhor Ingo Hubert, pediu ao secretário da Fazenda, que era o mesmo Ingo Hubert, autorização para comprar 39 milhões e seiscentos mil reais de créditos tributários de uma empresa já falida chamada Olvepar".

"Mesmo com pareceres jurídicos contrários e a oposição do Tribunal de Contas, Ingo Hubert secretário da Fazenda autorizou Ingo Hubert presidente da Copel a fazer o negócio. Assim que a quantia foi creditada à fantasmagórica Olvepar, o dinheiro, todo ele, foi imediatamente sacado e repassado para um já famoso doleiro e lavador de moedas chamado Alberto Youssef", acrescenta.

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Requião diz, ainda, que o doleiro "fez esse dinheiro dissolver-se e desaparecer em dezenas de contas de empresários da chamada Saara do Rio de Janeiro". "Desaparece lá, para aparecer depois nas contas dos articuladores do desfalque", afirma.

"Já governador, denunciei a patranha. Em março de 2003, o procurador Luís Fernando Delazari, que depois vai ser meu secretário de Segurança entrou com uma ação criminal contra a quadrilha. A denúncia estava fartamente documentada, inclusive com imagens de Youssef e funcionários da Copel na boca do caixa, sacando o dinheiro. É aí que começa a girar o lentíssimo mecanismo da Justiça. Lentíssimo para os meliantes, mas de uma rapidez do raio para mim", complementa.

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Justiça

De acordo com Requião, "enquanto o processo contra a quadrilha era congelado pelos mecanismos judiciários paranaenses, o Tribunal de Justiça do Paraná condenou-me a pagar uma indenização de 50 mil reais a Ingo Hubert". "Segundo o relator do processo, desembargador Hélio Henrique Lopes Fernandes Lima, e o revisor, desembargador Renato Bettega, hoje presidente do Tribunal de Justiça do Paraná, ao chamar Ingo Hubert de ladrão, eu abusei 'do exercício do direito de informação e de manifestação' e me lascaram a multa", diz.

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Depois de lembrar que, na época, Ingo Hubert foi absolvido na primeira instância, "porque a ação foi considerada improcedente!". "E só agora, nesta semana, quinze anos depois da denúncia, que Ingo Hubert e companhia foram a julgamento na segunda instância, e finalmente condenados. Isso na ação civil pública, porque a ação criminal ainda desenrola-se preguiçosamente. Além de Ingo Hubert e do doleiro arrependido e ativo delator da Lava Jato Alberto Youssef, foram também condenados Luís Sérgio da Silva, a empresa Rodosafra Transportes e Logística, que ficou com parte do dinheiro desviado, e Antônio Carlos Brasil Fioravante Peruccini", complementa.

"A atual direção do Ministério Público chegou ao requinte de falar da ação e da condenação, mas não deu o nome de nenhum, dos condenados! Os condenados são anônimos, tiveram seus nomes protegidos, preservados. É assim que funciona o mecanismo na República de Curitiba. E eu fico cá pensando: se o mecanismo da Justiça paranaense levou 15 anos para condenar Hubert, Youssef e tais, na ação civil pública, quantos anos levará para julgar a ação criminal contra esses reconhecidos criminosos", finaliza.

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O congressista lembrou que "Ingo Hubert foi condenado a ressarcir ao erário a quantia de 39 milhões e 600 mil reais, corrigidos, o que resulta hoje em mais de cem milhões de reais. Além disso, ele foi condenado a uma multa de 20 por cento sobre o valor atualizado, o que dá mais vinte milhões de reais". "Ingo teve ainda os direitos políticos suspensos por oito anos e está proibido de contratar com o poder público ou dele receber benefícios".

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