Requião critica falta de solidariedade a Vargas
Senador Roberto Requião (PMDB-PR) criticou falta de apoio do PT ao deputado André Vargas, que renunciou ao cargo de vice-presidente da Câmara após denúncias de envolvimento com o doleiro Alberto Youssef: “Ecoa fortemente por todo o Paraná o grito desesperado do deputado André Vargas: ‘não me deixem só, não me abandonem neste momento difícil’. Eu vejo mesmo uma falta de solidariedade ao deputado André Vargas. Solidariedade que não faltou a outros companheiros seus”
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247 – O senador Roberto Requião (PMDB-PR) acusou o governo de cometer suicídio político ao tentar sepultar a CPI da Petrobras. Em seu site oficial, também publicou comentário sobre a situação de André Vargas, que renunciou ao cargo de vice-presidente da Câmara após denúncias de envolvimento com o doleiro Alberto Youssef.
Confira a íntegra abaixo:
“Ecoa fortemente por todo o Paraná o grito desesperado do deputado André Vargas: ‘não me deixem só, não me abandonem neste momento difícil’. Eu vejo mesmo uma falta de solidariedade ao deputado André Vargas. Solidariedade que não faltou a outros companheiros seus. Quando por exemplo eu não concordei com o “mecanismo” de privatização da famosa PPP – Parceria Público-Privada – para construir um trecho da Ferroeste, o PT inteiro saiu do meu governo em defesa da proposta e de quem certamente a fez.
“Quando eu brigava de uma forma duríssima contra o pedágio, uma CPI presidida pelo André Vargas dizia que o pedágio do Paraná era absolutamente legal. Hoje, em véspera de campanha, os petistas dizem que o pedágio do Paraná é um absurdo. Vejam estas contradições e aí vocês podem entender o grito de desespero do André.
“Ao lado destas mazelas do PT que se acumulam, e muitas são verdadeiras, concretas, nós temos que atinar para o fato de que não podemos aceitar a canonização do outro lado, dos acusadores.
“Do Aécio Neves, que agora diz que tem que acabar com o Mercosul, que nós temos que estabelecer o livre comércio com o mundo favorecendo os países que quebraram nas mãos dos banqueiros, que não têm mais mercado interno, e que querem transformar o Brasil e a nossa América do Sul numa ampla fazenda produtora de produtos primários e compradora de manufaturados dos Estados Unidos e da Europa.
“A seriedade dos que venderam a Vale do Rio Doce, dos que transformaram a Petrobras no passado em Petrobrax para privatizá-la e não conseguiram, dos que liquidaram o Banestado no Paraná e dos que hoje estão praticamente vendendo, privatizando a nossa Sanepar e quebrando a Copel tem que ser levada em consideração. Temos que analisar esta questão toda pela essência.
“E eu, na comparação, mazelas de um lado, mazelas de outro, ainda acho, por exemplo, que a nossa presidenta Dilma (Rousseff) é de certa forma a garantia do salário mínimo aumentado e das políticas sociais. Estamos num momento difícil. Mas não vamos canonizar o diabo que se manifesta neste neste processo”.
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