Requião ao 247: "Lula foi extremamente ingrato"
Senador Roberto Requião (PMDB-PR) reage ao evento em que o ex-presidente Lula lançou a ex-ministra Gleisi Hoffmann ao governo do Paraná; nele, Lula afirmou que deveria ter apoiado Osmar Dias, que Gleisi quer como vice, e não Requião no passado; "fiquei profundamente magoado porque eu o apoiei em cinco eleições presidenciais", disse Requião ao 247; senador afirma que colocará seu nome à disposição do PMDB na convenção nacional como candidato à presidência da República, mas diz que disputará o governo do Paraná caso seja necessário; "o Estado não pode ser governado nem pela Barbie nem pelo Ken", afirma, usando os apelidos que criou para Gleisi e para o governador Beto Richa
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Paraná 247 - Um movimento do ex-presidente Lula, na semana passada, fez com que ele perdesse um aliado que o apoiou em cinco eleições presidenciais. Trata-se do senador Roberto Requião (PMDB-PR), que se diz "magoado e indignado" com o que Lula disse num evento em São José dos Pinhais, que serviu de pré-lançamento da candidatura da ex-ministra Gleisi Hoffmann ao governo estadual.
Nele, Lula afirmou que deveria ter apoiado Osmar Dias – e não Requião – nas últimas eleições paranaenses. O motivo: Gleisi quer Osmar Dias, que hoje é vice-presidente do Banco do Brasil, como vice em sua chapa. "Eu apoiei o Lula em cinco eleições presidenciais e cheguei até a perder uma disputa para o governo do Paraná por conta disso", disse Requião ao 247. "Agora, eles vêm com essa arrogância e essa prepotência... Só não sabem que eu tenho uma capacidade: a de ferir a quem me fere".
Requião tem sido cada vez mais citado como possível candidato ao governo do Paraná, estado que governou em três ocasiões. No entanto, ele afirma que sua prioridade é tentar disputar a presidência da República. "Vou colocar meu nome à disposição do partido na convenção nacional para forçar uma discussão; o Brasil está perdendo o rumo", afirma.
No entanto, o senador não tem tanta confiança num eventual projeto presidencial do PMDB. Segundo ele, o Palácio do Planalto já se acertou com quatro personagens centrais no partido: Renan Calheiros, José Sarney, Jader Barbalho e Eduardo Braga. Todos eles terão candidaturas próprias ou de aliados em seus estados – Alagoas, Maranhão, Pará e Amazonas – que colocarão o PT sob a órbita do PMDB.
Por isso mesmo, ele tem permitido que avance o movimento "Volta, Requião". "Se houver coesão no PMDB, eu aceito fazer parte desse esforço para salvar o Paraná", diz ele. Requião afirma que o estado não pode ser governado "nem pela Barbie nem pelo Ken", usando os apelidos criados por ele próprio para Gleisi e o governador Beto Richa.
Num cenário desses, com três candidaturas, ele afirma que não haveria nem segundo turno. "As pesquisas qualitativas mostram que eu levo no primeiro", diz ele. "Perguntam às pessoas quem pode arrumar o Paraná e a resposta é sempre a mesma: Requião".
Aliados do ex-governador dizem que tanto Richa, que comanda a máquina estadual, como Gleisi farão campanhas milionárias – na casa dos R$ 100 milhões – enquanto Requião usará a tática do "tostão contra o milhão". E afirmam que o dinheiro não fará diferença.
Requião sinaliza ainda que, se ficar de fora da disputa pelo governo estadual, não dará seu apoio a Gleisi. "Se a disputa ficar entre o Ken e a Barbie, o Ken vence", afirma. "Muito embora a Barbie tenha razão quando diz que o Ken quebrou o Paraná".
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