Professores decidem manter greve no Paraná
A categoria havia paralisado as atividades há 11 dias no estado; o encontro foi realizado no Estádio da Vila Capanema, em Curitiba; quase 1 milhão de estudantes estão sem aula; a categoria protestou contra o confronto entre os trabalhadores e a Polícia Militar (PM); na passeata, ecoavam gritos de guerra como “Fora Beto Richa”, “É gás, é gás, é gás lacrimogêneo o perfume dos tucanos”, em referência aos gases lacrimogênio lançados pela polícia contra manifestantes na semana passada; cerca de dez mil pessoas participaram da mobilização
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Paraná 247 - Os professores da rede pública estadual do Paraná decidiram manter a greve, que completa 11 dias nesta terça-feira (5), durante assembleia. O encontro foi realizado nesta tarde no Estádio da Vila Capanema, em Curitiba. Quase 1 milhão de estudantes estão sem aula no estado.
A paralisação da categoria foi motivada pelo projeto do governo Beto Richa (PSDB) que muda a forma de custear a ParanaPrevidência, o regime da Previdência Social dos servidores do estado. No mesmo dia do confronto que deixou mais de 200 feridos, o texto foi aprovado em segundo turno e em redação final. Um dia depois, o governador sancionou a proposta.
A Justiça havia determinado o retorno imediato dos professores às salas de aula, mas o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato) entrou com recurso.
Pela manhã, a categoria protestou contra o confronto entre os trabalhadores e a Polícia Militar (PM). Os servidores saíram da Praça 19 de Dezembro e seguiram até o Centro Cívico, inclusive deixaram flores em frente à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), onde houve a confusão na semana passada. Durante a manifestação, ecoavam gritos de guerra como “Fora Beto Richa”, “É gás, é gás, é gás lacrimogêneo o perfume dos tucanos”, em referência aos gases lacrimogênio lançados pela polícia contra manifestantes na semana passada. Cerca de dez mil pessoas participaram da mobilização.
A proposta tem como objetivo passar uma parte dos aposentados pagos pelo fundo financeiro, que integra o caixa do governo, para o fundo previdenciário, que recebe contribuição do Estado do Paraná e dos servidores e tem um saldo de R$ 8,5 bilhões.
Com a medida, o governo economizaria R$ 1,7 bilhão por ano, aliviando o caixa. Segundo o Executivo, o projeto não mudaria no pagamento dos benefícios.
O Executivo também argumenta que o projeto foi baseado em cálculos atuariais técnicos, que respeitam "critérios de solvência, liquidez e equilíbrio financeiro".
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