Produção agropecuária do PR cresceu 20% em 2013

Segundo a primeira versão elaborada pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, a comercialização da safra agrícola e pecuária do último ano alcança R$ 69,1 bilhões, com aumento de 20% se comparado a 2012

Segundo a primeira versão elaborada pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, a comercialização da safra agrícola e pecuária do último ano alcança R$ 69,1 bilhões, com aumento de 20% se comparado a 2012
Segundo a primeira versão elaborada pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, a comercialização da safra agrícola e pecuária do último ano alcança R$ 69,1 bilhões, com aumento de 20% se comparado a 2012 (Foto: Roberta Namour)


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Governo do Estado - A agricultura paranaense volta a registrar números recordes para o Valor Bruto da Produção (VBP) de 2013. Segundo a primeira versão elaborada pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, a comercialização da safra agrícola e pecuária do último ano alcança R$ 69,1 bilhões, com aumento de 20% se comparado a 2012.

A maior parte deste aumento é explicada pela recuperação da safra de grãos, que atingiu 36,5 milhões de toneladas para o período de 2012/2013 - 17% superior ao anterior sendo o maior já registrado em toda história do Paraná.

A soja continua liderando o ranking da renda no campo, com a produção de mais de 15 milhões de toneladas - 18% a mais que o ano anterior.

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O levantamento do Deral mostra, ainda, que a produção de carnes no estado foi recorde, superando a marca de 4,5 milhões de toneladas, 9% acima do ano de 2012.

CLIMA E PREÇOS - “Vários fatores contribuíram para que o setor agropecuário paranaense apresentasse esse ótimo desempenho”, afirma o secretário da Agricultura, Norberto Ortigara. “O clima do ano passado colaborou, ao contrário do ano anterior, quando tivemos fases de seca, apesar dos preços praticados naquele período estarem bons para o agricultor”, diz ele.

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Além do ganho de produção, destaca-se ainda aumento de preços. Uma fração de 74% do valor de 2013 é composta por dez itens, sendo que sete apresentaram altas acima de 6,28%. Ou seja, superior à inflação no período, medida pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna IGP-dI, calculada pela Fundação Getúlio Vargas – FGV.

“A escalada do câmbio no período impulsionou os preços de paridade do setor, o que colaborou para esta alta e beneficiou também os setores exportadores paranaenses”, explica Ortigara. Ele diz que a tendência de alta apontada pela série se mantém, pautada pelo maior nível tecnológico adotado no Paraná, e ainda pelo reajuste dos preços dos alimentos nestes últimos anos.

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AGRICULTURA - Especificamente o segmento da agricultura, os números do Deral mostram que houve um aumento de 25% do VBP em 2013, o que representa mais de R$ 7 bilhões acima de 2012.

“A safra da soja foi decisiva para este crescimento, pois somente naquele período saiu de R$ 9,7 bilhões para R$ 16,7 bilhões, mostrando a boa recuperação da cultura”, afirma o economista Francisco Carlos Simioni, chefe do Deral.

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Ele explica que o valor foi atingido em consequência de uma produção recorde de 15 milhões de toneladas da oleaginosa na safra 2012/2013. O preço de comercialização esteve 18% superior aos recebidos pelos sojicultores em 2012. Simioni prevê que o agricultor paranaense estará mais capitalizado neste ano.

MILHO - A cultura do milho também voltou a apresentar maior produção em 2013, porém os preços não tiveram a mesma sustentação que a soja.

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Houve uma retração e consequentemente queda no VBP do milho em torno do R$ 1 bilhão, especialmente por causa dos preços praticados no segundo semestre, quando se comercializa a maior parte da segunda safra. “Com isso o milho apresenta uma renda bruta para o período em torno dos R$ 5,8 bilhões”, explica o engenheiro agrônomo Carlos Hugo Godinho, técnico do Deral.

CANA-DE-AÇÚCAR – A produção de cana-de-açúcar em 2013 se manteve estável, porém os preços se retraíram, fazendo com que o VBP da cultura mostrasse um recuo em torno dos 3%.

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Os técnicos do Deral destacam que por três anos consecutivos houve queda dos preços internacionais de açúcar, em função da boa safra dos países concorrentes, bem como os preços mais competitivos da gasolina em relação ao etanol.

Ainda conforme o relatório da Seab outras variações que merecem destaque no segmento são a mandioca (aumento de 38%), batata (aumento de 112%) e feijão (mais 21%). Juntas, essas culturas compensaram a retração do milho, avançando de R$ 1,2 bilhão para R$ 4,8 bilhões.

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PECUÁRIA - No segmento da pecuária, depois de um crescimento de 4% em 2012, o setor se expandiu chegando a 17% em 2013, alcançando a cifra de R$ 28,7 bilhões.

“Essa expansão se deve a recuperação do setor avícola, que em 2013 ampliou o abate de frango para 1,7 bilhão de cabeças, contra o 1,56 bilhão do período anterior. Também para os criadores houve valorização de 7% no preço carne da ave”, diz Carlos Hugo Godinho.

Segundo os técnicos do Deral, para 2013 o aumento do VPB na avicultura poderá ser comemorado em sua plenitude, ao contrário de 2012, quando os custos com a alta do milho comprometeram a receita de empresas e produtores.

LEITE - No ano passado foram produzidos 4,5 bilhões de litros de leite, 8% a mais que em 2012, enquanto os preços ficaram 8% acima da inflação. Com essa valorização, o leite chegou a R$ 4,2 bilhões, mostrando um incremento de 17% para o setor.

Também as silagens apresentaram aumento de produção e preços acima da inflação, chegando a R$ 1,7 bilhão, com evolução de 43%.

FLORESTAL - Já o setor florestal apresentou um desenvolvimento de 5% em função das toras para serrarias e laminadoras, que tiveram crescimento de renda de 6%, com uma produção 11% maior, e também pela valorização da erva-mate.

A estimativa do VBP de 2013 deverá ser consolidada até a segunda quinzena de agosto, quando os técnicos do Deral finalizam os estudos dos comparativos das safras. O número é importante, pois mede a receita bruta da agropecuária paranaense e implica na forma de como a administração estadual fará a composição da cesta de índices de 2015, que forma o Fundo de Participação dos Municípios – FPM.

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