Procurador do MP do Paraná diz que assassinato de Marcelo Arruda teve motivação política, mas elogia relatório da Polícia Civil

O procurador Rodrigo Chemim afirmou que o assassinato de Arruda "teve evidente motivação política", mas que o relatório que conclui o contrário "está tecnicamente perfeito"

Jorge Guaranho e Marcelo Arruda
Jorge Guaranho e Marcelo Arruda (Foto: Reprodução/Redes Sociais)


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247 - O procurador Rodrigo Chemim, do Ministério Público do Paraná, afirmou que o assassinato do militante petista Marcelo Arruda pelo bolsonarista Jorge Guaranho, em Foz do Iguaçu (PR), "teve evidente motivação política", mas que o caso não pode ser considerado um crime político tecnicamente. 

A delegada da Polícia Civil do Paraná responsável pelo inquérito, Camila Cecconelli, concluiu que o crime não teve motivação política, o que gerou amplas críticas à investigação. 

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Chemin avalia que, apesar de a motivação política estar clara, o relatório da polícia "está tecnicamente perfeito". "A Constituição Federal não define o que sejam crimes políticos. A doutrina e jurisprudência interpretavam que os crimes políticos eram aqueles da velha Lei de Segurança Nacional. A LSN foi revogada pela Lei de Crimes contra o Estado Democrático de Direito. O homicídio de Foz não se encaixa nos tipos da nova lei", explicou em sua rede social.

Celular 

Segundo o promotor Luís Marcelo Mafra, da 13ª Promotoria de Justiça de Foz do Iguaçu, o laudo pericial do celular de Guaranho pode evidenciar a motivação do crime a partir da análise das mensagens do atirador, incluindo "se ele recebeu alguma orientação específica" ou se tinha acesso aos registros das câmeras de segurança do local do crime. 

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"Quero crer que até amanhã [dia 19] a Secretaria de Segurança Pública do Paraná apresente o laudo pericial do celular do investigado", disse o promotor. "Só essa perícia poderá confirmar ou infirmar as suspeitas que temos". 

Ele acrescentou que a expectativa do MP é concluir a apuração na quarta-feira, 20, para então oferecer denúncia à Justiça.

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