Prefeito flagrado com R$ 505 mil foi um dos coordenadores da campanha de Bolsonaro em 2018

Prefeito de Cerro Grande do Sul (RS), Gilmar João Alba (PSL), afirmou que o dinheiro apreendido com ele no Aeroporto de Congonhas (SP) seria usado em "oportunidade de negócios". CPI desconfia de financiamento de atos golpistas do 7 de setembro

Prefeito de Cerro Grande do Sul (RS), Gilmar João Alba
Prefeito de Cerro Grande do Sul (RS), Gilmar João Alba (Foto: Prefeitura de Cerro Grande do Sul/Divulgação)


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247 - O jornalista Caio Junqueira, da CNN, informou nesta sexta-feira, 3, que o prefeito de Cerro Grande do Sul (RS), Gilmar João Alba (PSL), o “Gringo”, que foi apreendido com R$ 505 mil desviados para atos bolsonaristas, foi um dos coordenadores da campanha de Jair Bolsonaro em 2018.

Nesta sexta, Alba afirmou que os R$ 505 mil em espécie apreendidos enquanto ele tentava embarcar no Aeroporto de Congonhas (SP) eram dele e seriam usados em "oportunidade de negócios".

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O dinheiro estava armazenado em caixas de papelão dentro da bagagem de mão do passageiro. A apreensão aconteceu no dia 26 de agosto. "Eles [a PF] dizem o que querem. Eu boto o dinheiro onde quiser, na caixa de papelão, no sapato, é meu", disse à rádio Gaúcha.

Questionado sobre o motivo pelo qual transportava mais de meio milhão de reais em espécie, ele não deu detalhes sobre que tipo de negócios faria. 

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"Esse dinheiro eu ando pra oportunidade de negócios. E como é declarado e diz na receita que declarado anda em qualquer parte do Brasil. Então eu ando com meu dinheiro pra onde eu quiser", afirmou o prefeito, eleito em 2020 para governar a cidade do Norte do RS.

Na quarta-feira, 1, o senador Humberto Costa (PT) disse à CPI da Covid ter indícios de que o valor seria utilizado para financiar atos antidemocráticos. 

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O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito, Omar Aziz (PSD), então afirmou que a denúncia seria levada ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator do inquérito da milícia digital.

Um procedimento investigativo será instaurado com o objetivo de apurar a origem do dinheiro. Dependendo do resultado da apuração, o passageiro poderá responder por delitos como lavagem de dinheiro, na modalidade de ocultação, e crime contra o sistema financeiro nacional.

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A PF informa que portar moeda nacional dentro do país, independentemente do valor, não constitui crime, mas o portador da quantia deve saber justificar e comprovar a origem dos valores.

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