Porto de Paranaguá tem suspeita de nepotismo
O conselheiro do TCE-PR Durval do Amaral e o deputado estadual Ademar Traiano (PSDB), líder do governo na Assembleia Legislativa, se negam a dar esclarecimentos sobre dois casos sob suspeita de nepotismo no porto de Paranaguá; irmãos das duas autoridades ocupam cargos de chefia e assessoria, ambos de confiança, o que é proibido por lei
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Noticias Paraná - O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PR) Durval do Amaral e o deputado estadual Ademar Traiano (PSDB), líder do governo na Assembleia Legislativa, se negam a dar esclarecimentos sobre dois casos sob suspeita de nepotismo no porto de Paranaguá. Irmãos das duas autoridades ocupam cargos de chefia e assessoria, ambos de confiança, o que a lei proíbe.
Os casos vieram a público na noite do último domingo (23), quando o jornalista Valdir Cruz publicou no Blog do Notícias Paraná uma lista com 19 nomes de funcionários dos portos de Paranaguá e Antonina. "Se há um local suspeito de abrigar fantasmas e apadrinhados políticos no Paraná, este é a Administração dos Portos", escreveu o blogueiro.
Segundo a súmula publicada pelo Supremo Tribunal Federal em 2008, integrantes do Executivo, Legislativo e do Judiciário – no âmbito da União, Estados e municípios – não poderão contratar parentes de autoridades e servidores públicos para cargos de chefia e assessoria, exatamente os ocupados pelos irmãos das autoridades.
Osmar Traiano, irmão do deputado, é assessor da superintendência da Appa; Alexandre José Mattos do Amaral, irmão do conselheiro do TCE, é chefe de divisão. Por meio de sua assessoria de comunicação, o superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Tessutti Dividino, avisou que não vai se manifestar sobre o assunto.
O Notícias Paraná tenta falar com o líder do governo na Assembleia desde segunda-feira (24). Hoje (25), a assessoria de imprensa de Traiano informou que ele não vai falar sobre o assunto. O mesmo foi feito em relação a Durval. A assessoria de comunicação do TCE, no entanto, informou que o conselheiro não vai se pronunciar sobre o caso.
Além da irregularidade, a situação pode significar um conflito ético para o conselheiro Durval Amaral. Ele foi sorteado para ser o relator das contas do governo paranaense de 2014. Amaral, a exemplo do relator das contas do ano passado, Ivan Bonilha, foi indicado pelo governador Beto Richa (PSDB) para o cargo de conselheiro. Governo que deu ao irmão de Durval um cargo de confiança na Appa.
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