Porto Alegre: prefeito, vice, vereadores e secretários ganham aumento salarial de até 63%
Para os municipários, Sebastião Melo pratica 'triste farra com dinheiro público'; saiba como votou cada vereador
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Com o apoio maciço das bancadas de direita e de ultradireita, a Câmara de Vereadores de Porto Alegre aprovou, nesta quarta-feira (12), projeto que aumenta em 62% os vencimentos do prefeito, enquanto os do vice subirão 63%. Os vereadores pegaram carona no projeto e engordaram os próprios ganhos em 35%.
A novidade também favoreceu todo o secretariado do prefeito Sebastião Melo (MDB), com um aumento salarial de 40%. Os reajustes passam a vigorar em 2025 com exceção daquele dos secretários municipais que passa imediatamente a engordar seus vencimentos.
Enquanto no topo os avanços salariais são de dois dígitos, na base a história é outra: a proposta do bolsonarista Melo para o funcionalismo municipal é de 5,79% parcelados em três vezes.
Prefeito vai ganhar R$ 34,9 mil
“Triste farra com dinheiro público”. Assim o Sindicato dos Municipários (Simpa) lamentou a iniciativa do prefeito e de sua fiel base no Legislativo. Para o Simpa, a gastança “fere o preceito constitucional de isonomia salarial”. Argumenta que, enquanto a cúpula fatura alto, aqueles que estão na linha de frente dos serviços públicos na cidade “sofrem com perdas inflacionárias acumuladas em 30,25%”.
Com os novos números, os ganhos do prefeito serão de R$ 34,9 mil mensais, ao passou que o vice irá faturar R$ 23,4 mil. Os vereadores embolsarão R$ 23,4 mil, cabendo, desde já, R$ 19,9 mil aos secretários. Nas contas do sindicato, o impacto nos cofres municipais será superior aos R$ 3 milhões mensais.
Como votou cada vereador
Na votação, aprovada por 18 votos contra 16, houve uma divisão bastante clara. De modo geral, as siglas enquadradas à direita votaram com Melo enquanto as situadas mais à esquerda negaram seu voto para o aumento restrito ao andar de cima da administração.
Votaram a favor da proposta os seguintes vereadores:
Airto Ferronato (PSB)
Alexandre Bobadra (PL)
Alvoni Medina (REP)
Cláudia Araújo (PSD)
Comandante Nádia Gerhard (PP)
Conselheiro Marcelo Bernardi (PSDB)
Fernanda Barth (PODE)
Gilson Padeiro (PSDB)
Idenir Cecchim (MDB)
José Freitas (REP)
Lourdes Sprenger (MDB)
Moisés Barboza (PSDB)
Márcio Bins Ely (PDT)
Mônica Leal (PP)
Nereu D’Ávila (PL)
Pablo Melo (MDB)
Paulo Brum (PODE)
Tanise Sabino (PTB)
Com a exceção de quatro nomes alinhados à direita, votaram “Não” os representantes de esquerda ou centro-esquerda. Foram eles:
Aldacir Oliboni (PT)
Biga Pereira (PCdoB)
Cassiá Carpes (PP)
Claudio Janta (SD)
Engenheiro Carlos Comassetto (PT)
Fran Rodrigues (PSOL)
Giovani Culau (PCdoB)
Jessé Sangalli (Cidadania)
Jonas Reis (PT)
Marcelo Sgarbossa (Sem partido)
Mari Pimentel (Novo)
Pedro Ruas (PSOL)
Professor Alex Fraga (PSOL)
Ramiro Rosário (PSDB)
Roberto Robaina (PSOL)
Tiago Albrecht (Novo)
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