Por causa de massacre, Richa vira réu em ação de improbidade
O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), e outras cinco pessoas viraram réus numa ação civil pública por improbidade administrativa, em razão da operação policial que deixou quase 200 feridos numa manifestação contra o governo estadual, em abril; para o MP, Richa deu "respaldo político, institucional e administrativo" à operação e se omitiu ao não prevenir ou impedir que os manifestantes, a maioria professores em greve, saíssem feridos; na ocasião, bombas de gás e balas de borracha foram disparadas por duas horas ininterruptas contra manifestantes; além de Richa, são réus o ex-secretário de Segurança Fernando Francischini (SD-PR), deputado federal, e o ex-comandante-geral da PM Cesar Vinicius Kogut
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247 - O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), e outras cinco pessoas viraram réus numa ação civil pública por improbidade administrativa, em razão da operação policial que deixou quase 200 feridos numa manifestação contra o governo estadual, em abril.
Para o Ministério Público, Richa deu "respaldo político, institucional e administrativo" à operação e se omitiu ao não prevenir ou impedir que os manifestantes, a maioria professores em greve, saíssem feridos.
Na ocasião, bombas de gás e balas de borracha foram disparadas por duas horas ininterruptas contra os manifestantes, que protestavam contra uma mudança na previdência dos servidores públicos. Cerca de 1.600 policiais estavam no local. O Ministério Público sustenta que o governador e os outros acusados contrariaram o direito fundamental de livre manifestação e de reunião, violando, assim, princípios da administração pública –por isso a ação de improbidade.
Além de Richa, são réus o ex-secretário de Segurança Fernando Francischini (SD-PR), deputado federal, e o ex-comandante-geral da PM Cesar Vinicius Kogut. Ambos saíram dos cargos após o ocorrido. Também integram a ação outros três comandantes da PM: coronel Nerino Mariano de Brito (subcomandante da PM), coronel Arildo Luiz Dias (chefe da operação) e o tenente-coronel Hudson Teixeira (comandante do Bope).
Richa, que já pediu desculpas pelo ocorrido e afirma que o confronto começou por causa de manifestantes "radicais", disse que irá se defender na Justiça. "Ninguém em sã consciência queria o confronto. Só lamento que ninguém até hoje tenha abordado de forma responsável a defesa do Estado democrático de Direito, de se garantir o funcionamento de uma instituição como a Assembleia", afirmou o governador à imprensa, nesta quarta-feira (30).
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