Políticos e funcionários públicos do Paraná estão entre os presos por atos golpistas

Estado foi um dos que tiveram maior número de financiadores e envolvidos com a invasão à praça dos três poderes

Manifestantes invadem Congresso, STF e Palácio do Planalto.
Manifestantes invadem Congresso, STF e Palácio do Planalto. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)


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Por Gabriel Carriconde, do Brasil de Fato - Um guarda municipal de Foz do Iguaçu, um funcionário da prefeitura de Ponta Grossa, um suplente de deputado federal de Curitiba, e outro de vereador de Querência do Norte. Esses, por enquanto, são os participantes dos ataques terroristas contra a Praça dos Três Poderes em Brasília, no último dia 8, que tiveram seus nomes divulgados. Joelson Sebastião Freitas (Foz), Cleverson Rodrigo Ribeiro dos Santos (Ponta Grossa), Gennaro Vela Neto (Curitiba) e Ademar Bento Mariano (Querência) são alguns dos diversos paranaenses que participaram dos ataques.

O Paraná foi um dos estados que tiveram mais ônibus enviados para Brasília, cerca de 23, além de ter ao lado de Mato Grosso do Sul e São Paulo, a maior quantidade de financiadores dos atos golpistas. No último dia 12, o Partido dos Trabalhadores do Paraná chegou a entregar uma lista com mais de 80 nomes de terroristas, após receber mais de 2.500 denúncias no canal de whatsapp disponibilizado pelo partido para identificar envolvidos em atos antidemocráticos em Brasília e no estado.

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Para o presidente da sigla no estado, deputado estadual Arilson Chiorato, os protestos golpistas e a depredação do patrimônio público vista em Brasília no domingo retrasado, não pode ficar impune. ''Não podemos permitir que paranaenses saiam do nosso estado e façam com que a história do nosso país fique manchada por tamanha barbárie. Estamos colaborando na identificação desses terroristas para que paguem pelo patrimônio público que foi destruído e saibam o respeito que se deve ter à democracia e ao pacto federativo”, disse.

De acordo com o advogado do PT-PR, Luiz Eduardo Peccinin, o partido teve cuidado em utilizar apenas informações públicas da imprensa e das redes sociais para fazer a relação. ''A grande maioria fazia questão de se gravar e postar com orgulho em suas redes os próprios crimes, o que facilitou nosso trabalho. Como partido político, é papel do PT colaborar com a proteção da democracia. Agora, esperamos que essas pessoas sejam investigadas e responsabilizadas no rigor da lei", afirma. 

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Políticos presos

Entre os nomes divulgados dos paranaenses identificados nos protestos golpistas, o suplente de vereador de Querência do Norte, Ademar Bento Mariano, o Soldado Bento (PTB-PR), figura na lista de políticos que foram presos e encaminhados a penintenciária da Papuda, em Brasília, por participação nos atos terroristas. Policial militar aposentado desde 2016, Ademar foi eleito primeiro suplente para vereador em Querência do Norte, com 202 votos. 

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Outro político que participou dos atos de vandalismo em Brasília, e está preso na Papuda, é o cientista social, filiado ao PL, Gennaro Vela Neto. Candidato a deputado federal em 2022, o curitibano foi eleito suplente pelo partido. Gennaro tem um canal no YouTube sobre ''ciência e fé'', além de análises políticas. Segundo o portal G1, o presidente do PL no Paraná, Fernando Giacobo, afirmou que recebeu a notícia da prisão de Gennaro no domingo (15), e que submeterá o caso ao diretório estadual da sigla, para "analisar se instaura ou não um processo disciplinar".

Funcionários públicos

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Além dos políticos, dois funcionários públicos municipais também foram presos. Trata-se do policial municipal em Foz do Iguaçu, Joelson Sebastião Freitas, e do assessor da secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Ponta Grossa, Cleverson Rodrigo Ribeiro dos Santos. 

Joelson chegou inclusive a gravar videos em suas redes sociais enquanto participava dos atos de vandalismo. O guarda municipal, chegou a ser candidato nas eleições como deputado federal no ano passado, pelo PROS, com o sugestivo nome de ''Joelson Bolsolavista''. A Secretaria de Segurança Pública de Foz anunciou que apura o caso como ''incentivo a atos criminosos''. 

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Assim como Joelson, o ponta-grossense Cleverson Rodrigo, também chegou a mostrar nas suas redes sociais sua participação nos atos golpistas. A prefeitura de Ponta Grossa afirmou, que deverá exonerar o servidor comissionado.

Financiadores 

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Além de participantes e com cerca de 23 ônibus enviados para Brasília, o Paraná também lidera na quantidade de financiadores dos atos golpistas. De acordo com informações reveladas pelos jornalistas Isabela Camargo e Jorge Vianna, o Paraná, além de Mato Grosso do Sul e São Paulo são os estados com mais financiadores já identificados. 

De acordo com as informações, os dados dos participantes estão com a inteligência do Ministério da Justiça e foram compartilhados com a Polícia Federal. Entre os financiadores estão empresários, e colecionadores de armas, que pagaram transporte, alimentação e toda a infraestrutura do acampamento em frente ao Quartel General de Brasília, que serviu como base para os atos terroristas. 

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