Polícia conclui que assassinato de militante do PT por bolsonarista 'não teve motivação política'
“É difícil dizermos que ele matou por a vítima ser petista. Ele teria voltado por se sentir humilhado”, alegou a delegada Camila Cecconelo
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247 - A Polícia Civil do Paraná indiciou por homicídio qualificado o policial penal bolsonarista Jorge Guaranho pelo assassinato do guarda municipal e tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu, Marcelo Arruda, no sábado (9). Apesar de Guaranho ter entrado no local onde acontecia a festa de aniversário de Arruda - que tinha o PT como tema decorativo - aos gritos de “é Bolsonaro”, a polícia descartou que o crime tenha tido motivação política.
Segundo a polícia, Guaranho cometeu o crime após ter o carro em que estava junto com a família ser atingido por terra e pedras arremessadas por Arruda. Guaranho, contudo, teria xingado os participantes da festa e gritado palavras de ordem em defesa de Bolsonaro ao saber que a festa tinha o PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como motivo temático.
"Houve uma discussão por questões políticas”, frisou a delegada Camila Cecconelo, chefe da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa. Segundo ela, Marcelo Arruda, durante a briga, jogou terra e pedras em Jorge José e em sua família. “É difícil dizermos que ele matou por a vítima ser petista. Ele teria voltado por se sentir humilhado”, disse.
Ainda conforme a delegada, uma pessoa, que estava em um churrasco na tarde do crime, acessou imagens de circuito interno de segurança do local em que a festa era realizada. Guaranho estava no evento e perguntou onde era realizada a comemoração. Ainda segundo a polícia, ele ingeriu bebida alcoólica durante o churrasco.
A polícia também informou que um inquérito foi aberto para apurar as agressões que Jorge Guaranho sofreu após atirar contra Marcelo Arruda. Três pessoas são investigadas pelo caso. Guaranho continua internado e o estado de saúde é considerado grave, mas estável.
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