Pimenta: Lava Jato ignorou repasse de Guedes a empresa de fachada e agora temos escândalo da offshore
"Lava Jato ignorou repasse de Paulo Guedes a empresa de fachada. Força-tarefa detectou pagamento de R$ 561 mil, mas só acusou outras firmas", lembrou o deputado Paulo Pimenta (PT-RS), após a informação de que o atual ministro da Economia abriu uma offshore nas Ilhas Virgens Britânicas, um paraíso fiscal no Caribe
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
247 - O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) lembrou no Twitter que a antiga Lava Jato não incluiu o ministro Paulo Guedes (Economia) entre os alvos de uma denúncia sobre o pagamento de R$ 560,8 mil feito em 2007 pela GPG Consultoria, da qual Guedes foi sócio-administrador, ao escritório de fachada Power Marketing Assessoria e Planejamento - era operado por Carlos Felisberto Nasser, que trabalhava na Casa Civil do Paraná quando o estado era governado por Beto Richa (PSDB-PR).
O petista fez a postagem após novas revelações do Pandora Papers, projeto do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos. Em 2019, Guedes fundou a Dreadnoughts International, uma offshore nas Ilhas Virgens Britânicas, um paraíso fiscal no Caribe. Nos meses seguintes, ele aportou na conta da offshore a quantia de US$ 9,55 milhões, o que representou US$ 23 milhões na época (no câmbio atual, o valor hoje corresponde a 51 milhões de reais).
"LESA-PÁTRIA: Lava Jato ignorou repasse de Paulo Guedes a empresa de fachada. Força-tarefa detectou pagamento de R$ 561 mil, mas só acusou outras firmas. Atual ministro da economia, que mantém Offshore nas Ilhas Virgens Britânicas, já estava articulado na pré-campanha de Bolsonaro", escreveu o parlamentar no Twitter.
A então operação Lava Jato apresentou denúncia sobre o caso de Guedes em abril de 2018, quando ele integrava a pré-campanha de Jair Bolsonaro à presidência da República. A força-tarefa denunciou em abril daquele ano 18 pessoas, acusadas de participar do suposto esquema de corrupção e desvio de verbas do estado. Outras quatro denúncias derivadas da mesma investigação, apresentadas posteriormente, não fizeram referência à GPG ou seus sócios, de acordo com o jornal Folha de S.Paulo.
As novas revelações do Pandora Papers mostraram que 66 dos maiores devedores brasileiros de impostos, cujas dívidas somam R$ 16,6 bilhões, mantêm offshores com milhões depositados em paraísos fiscais. Ao todo, 25 sócios ou donos de 20 das maiores empresas do Brasil têm offshores em paraísos fiscais.
O procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou apenas que a PGR fará uma "averiguação preliminar" sobre os escândalos de corrupção.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247