PF suspeita que Youssef fumou maconha na prisão
Agentes de plantão na custódia da Polícia Federal em Curitiba, onde o doleiro está preso, acreditam que Alberto Youssef e o advogado Carlos Alberto Pereira da Costa, apontado como um dos laranjas do doleiro e que está preso na mesma cela, teriam feito uso de maconha na carceragem; Costa afirmou se tratar de um cigarro de hortelã enrolado em papel bíblico
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Por Lara Rizério
SÃO PAULO - Um dos principais delatores do esquema de corrupção deflagrada pela Operação Lava Jato, o doleiro Alberto Youssef foi encontrado com algo suspeito dentro da prisão, situada em Curitiba. Mas dessa vez não é nada relacionado à corrupção na Petrobras (PETR3; PETR4) e que poderia dar mais pistas sobre o esquema na companhia.
De acordo com matéria do jornal O Estado de S. Paulo desta terça-feira (3), a "perspicácia" dos agentes de plantão na Custódia da Polícia Federal em Curitiba levaram à descoberta de que o doleiro, e outro preso, o advogado Carlos Alberto Pereira da Costa, apontado como um dos laranjas do doleiro, teriam feito uso de maconha na carceragem da Superintendência da PF.
Segundo o jornal, a informação foi registrada por dois agentes penitenciários federais da carceragem da PF. Os agentes descrevem que sentiram um "odor atípico" vindo das celas às 17h (horário de Brasília) do dia 30 de julho de 2014.
"Ambos perceberam odor característico de maconha queimada no setor de custódia, no período em que os presos se encontravam em banho de sol, e portanto, podiam transitar pelas celas, corredor, solário e chuveiro", narra o MPF (Ministério Público Federal) em parecer realizado no dia 15 de janeiro. Os agentes afirmaram que foram identificar a "origem da fumaça" e, quando prestes a enquadrar os supostos transgressores, eles ouviram a descarga ser acionada na cela dos dois presidiários.
Youssef e Costa "logo saíram aparentando certo desconcerto, perguntando-nos se havia acontecido algo de diferente", destaca o jornal.
Hortelã? Os agentes então acionaram o delegado responsável pela Custódia na sede da PF: Costa contou a versão de que tudo foi um "mal-entendido". "Tratava-se de cigarro feito com chá [de hortelã] e papel bíblico", escreveu o agente, ao registrar o que dissera Costa.
"Para comprovar o fato, o delegado Ivan determinou que fosse confeccionado outro 'cigarro' idêntico ao que o preso alegou ter utilizado". Ele acendeu o cigarro de hortelã enrolado em uma folha da Bíblia. Contudo, a impressão era de que não se tratava do mesmo aroma.
Porém, o processo foi arquivado por falta de provas, apesar do faro aguçado dos policiais ser elogiado.
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