PF pede prisão preventiva para Santana e Mônica
A Polícia Federal pediu que a prisão temporária do publicitário João Santana e da mulher dele, Monica Moura, seja convertida para preventiva, quando não há prazo para deixar a detenção; a decisão cabe ao juiz Sérgio Moro, da Lava Jato; o Ministério Público também pode solicitar o pedido de conversão; o casal foi preso e é suspeito de receber US$ 7,5 milhões desviados da Petrobras em uma conta não declarada no exterior
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
Paraná 247 - A Polícia Federal (PF) pediu, nesta quinta-feira (3), que a prisão temporária do publicitário João Santana e da mulher dele, Monica Moura, seja convertida para preventiva, quando não há prazo para deixar a detenção. A decisão cabe ao juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato na primeira instância jurídica. O Ministério Público Federal (MPF) também pode solicitar o pedido de conversão.
O casal foi preso na 23ª fase da Lava Jato e é suspeito de receber US$ 7,5 milhões desviados da Petrobras em uma conta não declarada no exterior. Os dois estão detidos na carceragem da PF em Curitiba e tiveram a prisão temporária prorrogada por cinco dias. O prazo venceu nesta quinta-feira (3). Santana foi marqueteiro das campanhas da presidente Dilma Rousseff (PT), em 2010 e em 2014, e da campanha da reeleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2006.
Os delegados dizem que em uma agenda apreendida na residência de Maria Lúcia, secretária da Odebrecht solta na quarta-feira (2), é possível encontrar referência ao contato FEIRA e, ao lado, o nome de Mônica Moura. "Os telefones que seguem abaixo da anotação encontram-se todos vinculados a Mônica Moura e João Santana, não deixando qualquer margem para dúvida de que a pessoa ali referida se trata, de fato, da investigada Mônica Moura", afirmam eles, no pedido feito à PF.
Segundo as investigações, o termo "Feira" seria utilizado utilizado pela Odebrecht, empresa acusada na Lava Jato, para se referir a Mônica Moura,p ois seria a responsável pela parte administrativa e financeira das atividades do casal.
As anotações em uma agenda apreendida com Maria Lúcia mostram “pagamentos vultosos em reais para Feira”, numa “negociação” cujo total somaria R$ 24,2 milhões, de acordo com as investigações. "Com efeito, em agenda de Mária Lúcia consta a indicação expressa de Mônica Moura como sendo 'Feira', ao lado de diversos telefones dela, referência ainda a um filho do casal e ao próprio João Santana", disse Moro.
Os investigadores querem saber se o dinheiro recebido por João Santana foi pagamento por serviços eleitorais prestados ao PT.
Outro lado
A defesa do publicitário e da sua mulher e sócia apresentou ao juiz Sérgio Moro dez motivos que justificariam a soltura do casal. Conforme já publicou o 247, entre as razões, os advogados Fábio Tofic Simantob e Débora Gonçalvez Perez, que assinam a petição, argumentam que os dois marqueteiros, que trabalharam nas duas campanhas presidenciais de Dilma Rousseff, de Lula, em 2006, e do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), "foge completamente ao perfil de investigados" na operação.
"Não são nem nunca foram funcionários públicos, não têm nem nunca tiveram contratos com o poder público, não são nem nunca foram operadores de propina ou lobistas", sustenta a defesa no documento encaminhado ao juiz. "São empresários de renome do marketing político brasileiro e internacional, e, se cometeram algum pecado, foi o de receber recursos lícitos, fruto de trabalho honesto, em conta não declarada no exterior, crime que, nem mesmo neste egrégio Juízo, costuma sujeitar o réu ao cumprimento de prisão antecipada" (leia mais aqui).
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247