PF exige em 24h original de bilhete de Odebrecht
Manuscrito de Marcelo Odebrecht, que seria entregue a seus advogados, foi interceptado no dia 22 de junho, por agentes penitenciários da Custódia desta Superintendência Regional de Polícia Federal no Paraná; o papal continha a expressão 'destruir e-mail sondas'; para os investigadores, o pedido se refere a um e-mail de 2011, trocado com outros funcionários da empreiteira, que trata da colocação de sobrepreço de US$ 25 mil por dia em contrato de afretamento e operação de sondas; a mensagem comprova, segundo a PF, que o executivo tinha conhecimento da prática; documento envolve a empresa Sete Brasil, criada para produzir sondas para o pré-sal
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247 - A delegada Renata da Silva Rodrigues, da Polícia Federal, pediu deu um prazo de 24 horas para a defesa de Marcelo Odebrecht apresentar o original do bilhete redigido por ele. O presidente da empreiteira está preso desde 19 de junho na etapa Erga Omnes, da Operação Lava Jato.
A PF interceptou no dia 22 de junho um manuscrito de Marcelo que seria entregue a seus advogados. O documento continha a expressão 'destruir e-mail sondas'.
"Intimem-se os defensores de Marcelo Bahia Odebrecht, pelo meio mais célere, solicitando que apresentem à autoridade policial signatária, no prazo de 24 horas, o original do bilhete redigido pelo preso Marcelo e cujo teor foi interceptado no dia 22 de junho de 2015 por agentes penitenciários da Custódia desta Superintendência Regional de Polícia Federal no Paraná, onde o preso está custodiado", determinou a delegada.
O e-mail a que se refere Marcelo Odebrecht foi usado como prova pela PF para prender o empresário, que teria sinalizado na mensagem datada de 2011, de acordo com os investigadores, ter conhecimento da prática de sobrepreço na empresa. A conversa trata com outros funcionários da empreiteira da colocação de sobrepreço de US$ 25 mil por dia em contrato de afretamento e operação de sondas. O documento também envolve a Sete Brasil, empresa criada para produzir sondas para o pré-sal.
A descoberta do bilhete foi comunicada à Justiça Federal pelo delegado Eduardo Mauat da Silva, integrante da força-tarefa da Lava Jato. Os advogados da Odebrecht Dora Cavalcanti, Rodrigo Sanches Rios e Augusto de Arruda Botelho enviaram uma petição ao juiz Sérgio Moro em que afirmam, sobre o bilhete, que "as anotações não continham o mais remoto comando para que provas fossem destruídas, e que – à toda evidência – a palavra destruir fora empregada no sentido de desconstituir, rebater, infirmar a interpretação equivocada que foi feita sobre o conteúdo do e-mail".
Em manifesto divulgado à imprensa, a companhia também afirma que, no e-mail endereçado à Odebrecht, a palavra "sobrepreço nada tem a ver com superfaturamento, ou qualquer irregularidade. Representa apenas a remuneração contratual que a empresa propôs à Sete Brasil".
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