Pedido de explicação feito por Lula faz “pouco sentido” para Moro
O juiz Sérgio Moro rejeitou nesta segunda-feira recurso da defesa do ex-presidente Lula no processo em que ele é acusado de ter recebido um terreno e um apartamento da Odebrecht; por meio do recurso de embargos de declaração no âmbito da Operação Lava Jato, os advogados de Lula queriam que Moro explicasse se havia mudado a acusação feita pelo Ministério Público Federal em decisão publicada na quarta-feira (13), quando ele autorizou uma perícia sobre os softwares Drousys e My WebDay, usados pela Odebrecht para gerir pagamentos ilícitos; o magistrado disse que o pedido da defesa de Lula "faz pouco sentido"
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Paraná 247 - O juiz Sérgio Moro rejeitou nesta segunda-feira (18) recurso da defesa do ex-presidente Lula no processo em que ele é acusado de ter recebido um terreno e um apartamento da Odebrecht.
Por meio do recurso de embargos de declaração no âmbito da Operação Lava Jato, os advogados de Lula queriam que Moro explicasse se havia mudado a acusação feita pelo Ministério Público Federal em decisão publicada na quarta-feira (13), quando ele autorizou uma perícia sobre os softwares Drousys e My WebDay, usados pela Odebrecht para gerir pagamentos ilícitos.
No documento do dia 13, Moro disse que "segundo a acusação [MPF], a maior parte do pagamento do preço do imóvel foi feito pela DAG Construtora, mediante regular contabilização, assim somente uma fração teria sido paga, segundo o aludido relatório, pelo Setor de Operações Estruturadas".
Para a defesa do ex-presidente, o que Moro disse é diferente do que está na denúncia oferecida pelo MPF, e somente o órgão poderia alterar a acusação. Na decisão desta segunda, o magistrado respondeu dizendo que "os embargos fazem pouco sentido no ponto", de acordo com o UOL.
Moro diz que "foi a defesa quem requereu acesso aos sistemas eletrônicos do Grupo Odebrecht e ainda questionou os elementos juntados pelo MPF e pela defesa de Marcelo Odebrecht (...), daí necessário que a perícia aborde as afirmações contidas nas referidas peças."
O juiz também rejeitou novamente o pedido da defesa para que tivesse acesso a uma cópia dos sistemas Drousys e MyWebDay e manteve a decisão de permitir apenas que um assistente técnico indicado pelos advogados participe da "verificação do material e do que é eventualmente pertinente para a presente ação penal".
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