Parentes de Richa podem disputar 2018
Irmão do governador Beto Richa (PSDB) e atual secretário de Infraestrutura, Pepe Richa seria candidato a deputado federal; ele também é acusado de envolvimento no escândalo de corrupção que consistiu no desvio de quase R$ 20 milhões da Educação para financiar campanhas; o filho do tucano, Marcello Richa, que já ocupou a Secretaria de Esportes na prefeitura de Curitiba, seria candidato a deputado estadual
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Paraná 247 - Dois parentes do governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), podem se candidatar na eleição de 2018. É o que informa ao Blog Caixa Zero. Irmão do tucano, Pepe Richa, atual secretário de Infraestrutura, seria candidato a deputado federal.
O filho do governador, Marcello Richa, já ocupou a Secretaria de Esportes na prefeitura de Luciano Ducci. Atualmente Marcelo é presidente do Instituto Teotônio Villa. Ele seria candidato a deputado estadual.
As duas candidaturas serão viabilizadas se Beto Richa renunciar ao governo em abril de 2018 para disputar o Senado, como se imagina. Caso contrário, a legislação impediria seus parentes de disputar eleições.
Escândalo de corrupção
Pepe Richa seria um dos envolvidos no escândalo de corrupção desvendado pela Operação Quadro Negro. De acordo com as investigações capitaneada pelo Ministério Público (MP-PR), um depoimento aponta que quase R$ 20 milhões foram desviados para a campanha do tucano e de aliados em 2014. O verba teria sido desviada da construção de escolas. Ele nega.
A assessora jurídica da Valor Construtora Úrsulla Ramos e a funcionária da empresa Vanessa Domingues de Oliveira disseram aos investigadores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) que Pepe Richa foi um dos beneficiados do esquema e que o dinheiro teria servido para abastecer campanhas eleitorais.
Além do secretário, as acusações também atingem o irmão e secretário de Infraestrutura, Pepe Richa, e um primo, o já famoso Abi Antoun, que também está envolvido no escândalo de corrupção na Receita Estadual. Os dois teriam recebido propina do esquema da pasta de Educação.
As investigadores querem saber como o dinheiro foi movimentado. Os primeiros detalhes das apurações judiciais mostram que o dono da Valor Construtora, Eduardo Lopes, teria enviado recursos para contas no exterior. As acusações partiram de ex-funcionárias das empresas dele. O empresário seria o responsável por organizar a distribuição do dinheiro entre servidores da Educação e para as campanhas políticas.
Outro lado
Em nota enviada à Gazeta do Povo, no mês passado, Pepe Richa negou envolvimento no esquema. “As obras do setor de Educação são contratadas diretamente pela Secretaria de Educação, sem qualquer intervenção ou participação da Secretaria de Infraestrutura e Logística, atualmente sob os meus cuidados. Desconheço o teor da investigação citada. Tomarei providências para ter acesso aos depoimentos e processarei, civil e criminalmente, quem mentiu às autoridades, ao mencionar ou vincular o meu nome neste caso”, afirmou o secretário.
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