Odebrecht tem atrapalhado investigações, diz procurador

O procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima, integrante da força-tarefa da Lava Jato, disse que existem indícios de que a construtora estaria "retirando" investigados do "alcance das autoridades"; executivos do grupo Odebrecht alvo de mandados da 23ª fase da investigação, deflagrada nesta segunda-feira 22, encontram-se fora do País, dentre eles o vice-presidente de Infraestrutura da companhia, Benedicto Barbosa da Silva Junior

Procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, do Ministério Público Federal (MPF), concede entrevista à Reuters, em Curitiba, nesta terça-feira. 23/06/2015 REUTERS/Rodolfo Buhrer
Procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, do Ministério Público Federal (MPF), concede entrevista à Reuters, em Curitiba, nesta terça-feira. 23/06/2015 REUTERS/Rodolfo Buhrer (Foto: Paulo Emílio)


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247 - O procurador regional da República Carlos Fernando dos Santos Lima disse que existem indícios de que a construtora Odebrecht estaria "retirando" investigados pela Operação Lava Jato do "alcance das autoridades". Em nota, a empresa informou que "está à disposição das autoridades para colaborar com a operação em andamento".

"Há indícios de que essa empresa vem retirando eles do alcance das autoridades", disse o procurador em referência aos pedidos de prisão da Operação Acarajé, desdobramento da Lava Jato deflagrada nesta segunda-feira (22), dentre eles o do marqueteiro João Santana e de executivos do grupo Odebrecht. Um dos executivos que tiveram, o mandado de prisão expedido pela Justiça é o vice-presidente de Infraestrutura da companhia, Benedicto Barbosa da Silva Junior. 

De acordo com o delegado da PF Igor Romário de Paula, as cinco pessoas que tiveram seus mandados de prisão expedidos pela Justiça e que estão no exterior – incluindo Santana e sua mulher, Mônica – devem entrar na lista de procurados pela Interpol.

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O delegado disse, ainda, que a Operação Acarajé chegou a ser adiada em função da informação de que João Santana retornaria do exterior no último final de semana. A investigação teria revelado, ainda, "novas provas do possível envolvimento do empresário Marcelo Bahia Odebrecht em novos crimes graves, e de que tinha controle sobre os pagamentos feitos no exterior por meio de offshores, as quais ele geria por intermédio de pessoas a ele subordinadas e ligadas, direta ou indiretamente, à Odebrecht", disse.

Além de Marcelo, outros três executivos da empreiteira também teriam a responsabilidade de gerenciar a conta da offshore. "Suspeita-se que Hilberto Mascarenhas Alves Silva Filho e Luiz Eduardo Rocha Soares, os quais tiveram vínculo formal com a Odebrecht, controlam, em conjunto com outras pessoas, como Fernando Miggliaccio da Silva, a utilização das contas offshores que fizeram pagamentos ocultos no exterior por ordem do Grupo Odebrecht", destacou.

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"Há indicativos de que Luiz Eduardo e Fernando Migliaccio chegaram a se evadir do País pouco tempo após as buscas e apreensões feitas sobre a empresa em 19 de junho de 2015, suspeitando-se que no caso de Fernando isso tenha acontecido por orientação superior da empresa, a qual pagou suas despesas de mudança e manutenção no exterior", completou o delegado Filipe Hile Pacce.

 

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