No Paraná, Dilma exalta pagamento da dívida ao FMI

Presidente afirmou que quando o PT assumiu o governo federal em 2003, com o então presidente Lula, "o Fundo Monetário mandava em nós"; e lembrou que não havia recursos, "e muito menos vontade política", de se investir em mobilidade urbana na época, numa crítica ao governo de Fernando Henrique Cardoso; ao lado do governador Beto Richa, que é do PSDB, Dilma afirmou que o anúncio de R$ 4,56 bi para o metrô na capital, Curitiba, está sendo feito "sem levar em conta nenhuma das questões partidárias"

Curitiba - PR, 29/10/2013. Presidenta Dilma Rousseff durante cerimônia de anúncio de investimentos do PAC Mobilidade Urbana: Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Curitiba - PR, 29/10/2013. Presidenta Dilma Rousseff durante cerimônia de anúncio de investimentos do PAC Mobilidade Urbana: Foto: Roberto Stuckert Filho/PR (Foto: Gisele Federicce)


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29 Out (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta terça-feira investimentos de 5,3 bilhões de reais em mobilidade urbana em Curitiba e na região metropolitana da capital paranaense e disse que, desde 2007, depois de pagar a dívida com o Fundo Monetário Internacional, o país vem recuperando a capacidade de investir.

Na cerimônia, a presidente afirmou que quando o PT assumiu o governo federal em 2003, com o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, "o Fundo Monetário mandava em nós".

"Nós tínhamos recebido eles mandando e estávamos fazendo o maior esforço possível para que ele parasse de mandar. Para isso, nós tínhamos de pagar a dívida. E pagamos", disse.

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"Nós mudamos sim. Nós mudamos e mudamos muito. Mudamos porque hoje somos capazes de responder mais rápido, porque o Brasil vem num esforço de retomar investimentos desde 2007", afirmou.

Ao lado do governador do Paraná, Beto Richa, que é do PSDB, principal partido de oposição a seu governo, Dilma disse que o anúncio de investimentos em mobilidade urbana com participação do governo federal no Estado era feito "sem levar em conta nenhuma das questões partidárias".

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A presidente estava acompanhada também da ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, provável candidata ao governo paranaense pelo PT no ano que vem, quando Richa poderá buscar a reeleição.

Mais cedo em sua conta no Twitter, Dilma explicou que 4,56 bilhões de reais serão destinados ao metrô que atenderá a capital paranaense e sua região metropolitana.

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A presidente disse que o governo federal injetará no metrô 1,8 bilhão de reais diretamente do Orçamento da União, enquanto que 1,4 bilhão de reais será repassado por meio de financiamento de 30 anos, com carência de cinco anos e juros subsidiados.

"O metrô de Curitiba se viabiliza com esse crédito barato que garantimos ao Paraná", disse Dilma no Twitter.

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Segundo Dilma, o governo federal irá apoiar a prefeitura de Curitiba com 408 milhões de reais para a expansão do sistema BRT de ônibus, e com o governo do Estado serão investidos outros 87 milhões de reais para corredores de ônibus na região metropolitana.

"Somados são 5,3 bilhões de reais em novos investimentos no transporte coletivo de Curitiba e região metropolitana", escreveu a presidente no Twitter.

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Na semana passada, Dilma já havia anunciado investimentos de 5,4 bilhões de reais em mobilidade urbana em São Paulo durante um evento na sede do governo do Estado ao lado do governador paulista, o também tucano Geraldo Alckmin.

A melhoria do transporte público foi uma das reivindicações da onda de manifestações que chegou a levar mais de 1 milhão de pessoas às ruas de todo o país em junho e que foi deflagrada pelo descontentamento com a elevação do preço da passagem do ônibus e do metrô, posteriormente revertida pelas autoridades.

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(Por Eduardo Simões, em São Paulo)

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