Na gestão Richa, fraudes na Receita e na Educação alcançaram R$ 930 milhões

Deputados estaduais da bancada de oposição ao governador Beto Richa (PSDB) tentam instaurar duas CPI´s na Assembleia Legislativa (Alep), com o objetivo de apurar as suspeitas de corrupção e desvio de dinheiro público na construção e reforma de escolas, e outro esquema na Receita Estadual; as irregularidades foram desvendadas pelas operações Quadro Negro e Publicano, respectivamente; os dois os esquemas desviaram dos cofres públicos mais de R$ 930 milhões e, de acordo com as investigações, existe a suspeita que o dinheiro desviado foi encaminhado para campanhas eleitorais de deputados e de Richa; a PGR pediu autorização ao STJ para abrir uma investigação contra o tucano, que negou irregularidades

Deputados estaduais da bancada de oposição ao governador Beto Richa (PSDB) tentam instaurar duas CPI´s na Assembleia Legislativa (Alep), com o objetivo de apurar as suspeitas de corrupção e desvio de dinheiro público na construção e reforma de escolas, e outro esquema na Receita Estadual; as irregularidades foram desvendadas pelas operações Quadro Negro e Publicano, respectivamente; os dois os esquemas desviaram dos cofres públicos mais de R$ 930 milhões e, de acordo com as investigações, existe a suspeita que o dinheiro desviado foi encaminhado para campanhas eleitorais de deputados e de Richa; a PGR pediu autorização ao STJ para abrir uma investigação contra o tucano, que negou irregularidades
Deputados estaduais da bancada de oposição ao governador Beto Richa (PSDB) tentam instaurar duas CPI´s na Assembleia Legislativa (Alep), com o objetivo de apurar as suspeitas de corrupção e desvio de dinheiro público na construção e reforma de escolas, e outro esquema na Receita Estadual; as irregularidades foram desvendadas pelas operações Quadro Negro e Publicano, respectivamente; os dois os esquemas desviaram dos cofres públicos mais de R$ 930 milhões e, de acordo com as investigações, existe a suspeita que o dinheiro desviado foi encaminhado para campanhas eleitorais de deputados e de Richa; a PGR pediu autorização ao STJ para abrir uma investigação contra o tucano, que negou irregularidades (Foto: Leonardo Lucena)


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Paraná 247 - Os deputados estaduais que compõem a bancada de oposição ao governador Beto Richa (PSDB) tentam instaurar duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa (Alep), com o objetivo de apurar as suspeitas de corrupção e desvio de dinheiro público na construção e reforma de escolas, e outro esquema na Receita Estadual. As irregularidades foram desvandadas pelas operações Quadro Negro e Publicano, respectivamente. Os dois os esquemas desviaram dos cofres públicos mais de R$ 930 milhões e, de acordo com as investigações, existe a suspeita que o dinheiro desviado foi encaminhado para campanhas eleitorais de deputados e de Richa. A Procuradoria Geral da República (PGR) pediu autorização ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para abrir uma investigação contra o tucano, que negou irregularidades.

São necessárias 18 assinaturas para que a CPIs sejam instaladas. Na manhã desta terça-feira (7), 13 deputados apoiavam a CPI do Quadro Negro, e 16 a da Receita. Pelo Regimento Interno, o legislativo estadual pode ter, simultaneamente, cinco CPIs.

A Operação Publicano identificou um rombo superior a R$ 900 milhões nos cofres públicos e mais de 100 pessoas foram denunciadas, de acordo com o Ministério Público do Paraná (MP-PR). O MP-PR informou que os auditores iam até as empresas e cobravam propina para evitar multas e autuações, que muitas vezes eram inventadas. Se a empresa devia, por exemplo, R$ 5 milhões à Receita, bastaria pagar R$ 1 milhão ao grupo, e o processo seria extinto.

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O auditor fiscal Luiz Antônio de Souza disse ao MP que o dinheiro era repassado para o ex-inspetor geral de fiscalização da Receita Estadual Márcio de Albuquerque Lima, apontado pela Justiça como líder da quadrilha. De acordo com o delator, o ex-inspetor entregava o dinheiro pessoalmente para o empresário Luiz Abi Antoun, primo do governador Beto Richa. O auditor fiscal relatou ainda que Antoun sabia que o dinheiro era de propina. O primo do tucano se entregou ao Gaeco.

Souza afirmou, ainda, que R$ 4,3 milhões do valor arrecadado em 2014 foram destinados para a campanha de reeleição do governador do Paraná, Beto Richa (PSDB).

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A Operação Quadro Negro apura irregularidades em pagamentos de obras de construção e reforma de escolas da rede estadual de ensino. Segundo a última estimativa do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PR), a fraude atingiu o montante de R$ 30 milhões, com o suposto envolvimento de, ao menos, três construtoras.

Três pessoas investigadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) mencionaram o nome de Richa. De acordo com uma delas, a assessora jurídica da construtora Valor, Úrsulla Andrea Ramos, a campanha de reeleição do governador e a de outros três candidatos a deputado estadual receberam recursos de dinheiro público, que deveria ter sido gasto em obras em escolas estaduais.

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"Esse dinheiro não ficou comigo, esse dinheiro foi feito repasse pra campanha do governador Beto Richa e pra essas três campanhas. Foi o que ele (Eduardo Lopes de Souza, dono da Valor) me disse", disse Úrsulla, em delação premiada ao MP-PR.

As campanhas mencionadas seriam a do filho do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Durval Amaral, Ademar Traiano (PSDB), presidente da Assembleia Legislativa (Alep); o deputado estadual Tiago Amaral (PSB); e a de Plauto Miró (DEM).

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Outro nome mencionado nos depoimentos prestado aos investigadores é o do secretário estadual de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, irmão do governador. O irmão da vice-governadora Cida Borghetti, Juliano Borghetti – cunhado do deputado federal Ricardo Barros (PP-PR) –, é um dos 15 denunciados por envolvimento no esquema de fraudes.

Oposição e governo

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O líder da oposição, deputado Requião Filho (PMDB), afirmou que existe desinteresse da maioria dos deputados, que se negam a assinar os pedidos para a instalação. Segundo o peemedebista, as comissões são necessárias para mostrar as “correlações políticas por trás dos dois escândalos”.

"CPIs trazem publicidade a escândalos, uma transparência e uma velocidade que assusta o atual governo. O desinteresse por uma CPI em uma casa legislativa, que deve fiscalizar o Executivo, se traduz em favores, ameaças, medo e desinteresse em exercer um mandato político. A politicagem venceu a política", afirma Requião Filho, conforme relato do G1.

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Para o líder do governo na Assembleia, deputado Luiz Claudio Romanelli (PMDB), quando existe uma investigação policial e judicial, não há necessidade de se instalar uma CPI. “A CPI pode e dever ser instalada quando não há uma investigação judicial em curso. No caso delas, elas são objetos de grande investigação e aprofundamento da discussão pelo Ministério Público Estadual e, no caso da [operação] Quadro Negro, pelo Ministério Público Federal. Já existe processo instaurado, já tem ação judicial”.

 

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