MST cobra punição imediata de PMs que mataram camponeses no Paraná

Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) cobrou nesta sexta-feira, 8, em nota, a punição imediata dos policiais militares responsáveis pela morte dos trabalhadores rurais Vilmar Bordim, de 44 anos, e Leomar Bhorbak, de 25 anos, que foram baleados no município de Quedas do Iguaçu, no oeste do Paraná; outras sete pessoas ficaram feridas; segundo o MST, os dois mortos e os sete feridos foram baleados pelas costas, o que comprovaria que eles estavam em fuga, e não em confronto

Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) cobrou nesta sexta-feira, 8, em nota, a punição imediata dos policiais militares responsáveis pela morte dos trabalhadores rurais Vilmar Bordim, de 44 anos, e Leomar Bhorbak, de 25 anos, que foram baleados no município de Quedas do Iguaçu, no oeste do Paraná; outras sete pessoas ficaram feridas; segundo o MST, os dois mortos e os sete feridos foram baleados pelas costas, o que comprovaria que eles estavam em fuga, e não em confronto
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) cobrou nesta sexta-feira, 8, em nota, a punição imediata dos policiais militares responsáveis pela morte dos trabalhadores rurais Vilmar Bordim, de 44 anos, e Leomar Bhorbak, de 25 anos, que foram baleados no município de Quedas do Iguaçu, no oeste do Paraná; outras sete pessoas ficaram feridas; segundo o MST, os dois mortos e os sete feridos foram baleados pelas costas, o que comprovaria que eles estavam em fuga, e não em confronto (Foto: Aquiles Lins)


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Daniel Isaia, da Agência Brasil - O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) divulgou hoje (8) nota em que pede a punição imediata dos policiais militares responsáveis pela morte de dois camponeses. Eles foram baleados no município de Quedas do Iguaçu, no oeste do Paraná. Além das mortes, sete pessoas ficaram feridas.

Segundo o movimento, as duas pessoas que morreram são os trabalhadores rurais Vilmar Bordim, de 44 anos, e Leomar Bhorbak, de 25 anos. Bordim era casado e pai de três filhos. A mulher de Bhorbak está grávida de nove meses. Ambos eram do Acampamento Dom Tomás Balduíno, localizado em terreno desapropriado pela Justiça Federal que pertencia à empresa de celulose Araupel.

A nota divulgada pelo MST reforça a versão de que o grupo com mais de 20 integrantes sofreu uma emboscada. O movimento relata que os camponeses circulavam com caminhonetes e motocicletas pelo terreno quando foram surpreendidos por policiais militares e seguranças da Araupel. Os PMs e seguranças teriam disparado contra os veículos onde estavam os integrantes do MST, que tentaram fugir pela mata.

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O movimento ressaltou que os dois mortos e os sete feridos foram baleados pelas costas. Segundo o MST, isso comprovaria que eles estavam em fuga, e não em confronto. A nota ainda destaca que os policiais teriam isolado a área por mais de duas horas para remover as evidências do ocorrido, bem como os corpos das vítimas sem a presença do Instituto Médico-Legal (IML).

A nota divulgada ontem (7) pela Polícia Militar do Paraná relata uma versão diferente da do MST. Segundo a corporação, os policiais estavam em ação de combate a um incêndio quando sofreram uma emboscada organizada por integrantes do movimento. A PM confirmou a morte de dois camponeses e afirmou ter apreendido duas armas de fogo durante o ocorrido.

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A assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública do Paraná informou que o secretário Wagner Mesquita deve se pronunciar sobre o assunto em entrevista coletiva nesta tarde. A Agência Brasil entrou em contato com o Ministério do Desenvolvimento Agrário, que deve publicar uma nota sobre o caso nas próximas horas.

Estado de saúde das vítimas

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Cinco dos camponeses feridos receberam alta do hospital de Quedas ainda na noite de ontem. Os outros dois sofreram ferimentos graves e estão internados no município de Cascavel, a cerca de 120 quilômetros dali. Um deles teve fratura no fêmur, e o outro foi baleado na cintura. O estado de saúde de ambos é estável.

A cidade de Quedas do Iguaçu amanheceu hoje com reforço no policiamento. A PM realizou um bloqueio rodoviário para limitar o acesso à região onde fica o acampamento do MST. O movimento negocia com a corporação para que a rodovia seja liberada, de modo a permitir que os parentes das vítimas possam participar dos velórios.

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A Polícia Civil fez perícias no acampamento e entrevistou dois integrantes do MST para apurar os fatos.

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